Duas bombas explodiram na manhã deste domingo (27) em uma catedral na cidade de Jolo, no sudeste das Filipinas. Uma missa era realizada no local, e o ataque resultou em 20 mortos e 111 feridos, de acordo com a agência Associated Press.
A primeira explosão ocorreu dentro da igreja e a segunda foi registrada do lado de fora da catedral, declarou à Agência Efe a porta-voz da Polícia Nacional, Kimberly Molitas.
As vítimas incluem 15 civis e 5 soldados. Entre os feridos, estão 17 soldados, 2 policiais, 2 guardas costeiros e 90 civis.
Segundo autoridades, os serviços de emergência ainda trabalham na área, e o número de mortos e feridos pode aumentar nas próximas horas.
O secretário de Defesa, Delfin Lorenzana, disse que os feridos mais graves foram levados de helicóptero ao hospital de Zamboanga, enquanto foi reforçada a segurança em todos os lugares de culto da região.
“Condenamos fortemente este ataque atroz que tirou vidas humanas seja qual for o propósito dos responsáveis”, informou em comunicado o diretor da Polícia Nacional, Oscar Albayalde, que apontou para um possível ataque de grupos terroristas.
O chefe das Forças Armadas, Benjamin Madrigal, pediu à população “calma” enquanto as autoridades iniciaram uma operação para perseguir os supostos responsáveis do ataque, que até momento não foi reivindicado por nenhum grupo ou indivíduo.
Conflito separatista
O fato acontece dias depois do referendo para a criação de uma região autônoma muçulmana no sul do país, batizada de Bangsamoro e concebida como solução pacífica para décadas de conflito separatista provocado por radicais islamitas.
A província de Sulu – da qual Jolo é a capital – votou contra se integrar a Bangsamoro, mas como faz parte da Região Autônoma do Mindanao Muçulmano (ARMM), com outras quatro províncias, seus votos computam em bloco e ela passara a pertencer a essa nova entidade.
Sulu é reduto de vários grupos jihadistas ligados ao Estado Islâmico, como Abu Sayyaf e o grupo Maute, responsáveis por sangrentos atentados na região.