Em relação à decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) que arquivou investigação contra o promotor de Justiça, Mauro Zaque, em decorrência de suposta “denunciação caluniosa”, o ex-governador, Pedro Taques (PSDB), disse estar tranquilo por quanto assegura terminantemente não ter qualquer participação na suspeita de fraude no protocolo. O ponto em questão trata de um ofício encaminhado ao governador, que daria ciência do esquema de escutas ilegais, denominado de “Grampolândia Pantaneira”.
De acordo com Pedro, o maior interessado no esclarecimento desses fatos é ele mesmo. Prova disso é que, ainda enquanto governador, assim que tomou conhecimento da possibilidade de fraude no protocolo geral do Governo do Estado, pediu para que fosse aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a possível participação de servidores no ato. “Agora terei o direito de me defender”, pontuou Taques, em entrevista exclusiva concedida por telefone ao AgoraMT.
Trecho da decisão do desembargador, Orlando Perri, pondera todavia, “hipoteticamente, sem nenhum juízo de valor, que a presente medida foi o instrumento utilizado pelo então governador para tentar se eximir de possível acusação de envolvimento com a prática dos crimes revelados pelo promotor de Justiça, Mauro Zaque de Jesus, e que seria objeto de matéria jornalística dois dias depois do protocolo desta representação”, apontou.
Quanto a isso, Taques se diz tranquilo e garante que nunca teve qualquer conhecimento da existência de um esquema de escutas ilegais, destinada a ouvir conversas entre políticos, advogados, jornalistas e empresários. “Tudo isso será explicado no curso das investigações e do processo”, esquivou-se, ao argumentar que tudo será esclarecido. O processo será investigado pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.