Os funcionários do transporte coletivo de Rondonópolis (MT) amanheceram de braços cruzados nesta quarta-feira (12). Eles buscam uma solução já que estão prestes a perder o emprego.
Cerca de 150 motorista do ônibus coletivo receberam o aviso de demissão da empresa Cidade de Pedra, concessionária dos serviços no município. A empresa entrou em contato com a instituição para avisar que deixará a cidade até o dia 30 deste mês.
A empresa está sem contrato com a prefeitura e mantém os serviços em caráter emergencial desde 2014. Já foram abertos três processos licitatórios, mas nenhuma empresa se candidatou.
Com a paralisação desta quarta-feira (12), cerca de 17 mil rondonopolitanos que utilizam o transporte público ficaram desamparados.
De acordo com o edital, a empresa que vencer a licitação precisa ter uma frota de 80 ônibus, sendo 73 de linhas normais e mais sete reservas. Além disso, 40% desses ônibus precisam ter ar condicionado e essa porcentagem precisa aumentar conforme o desempenho de cada linha.
Nota de esclarecimento paralisação do transporte público
A Prefeitura de Rondonópolis, por meio da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Setrat), não havia sido comunicada sobre a paralisação dos funcionários da concessionária do transporte coletivo Cidade de Pedra, nem por parte da empresa nem pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte.
A Setrat explica que na última sexta-feira (7), o Conselho Municipal de Trânsito havia se reunido para tratar dos trâmites que envolvem a confecção do novo edital para realizar uma nova licitação para o transporte coletivo local que contou com a participação do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte, da Acir, CDL, Umes, Câmara Municipal, entre outras entidades.
A Setrat também ressalta que no dia 28 de fevereiro ficou acordado em reunião, também com a empresa Cidade de Pedra e Sindicato, demais entidades e Câmara de Vereadores, que a empresa atuaria em Rondonópolis até que fosse feita nova licitação.
Para que isso fosse possível, ficou definido que a passagem passasse de R$ 3,80 para R$ 4,10, levando-se em conta que não havia reajuste há mais de um ano e meio. Já o repasse da prefeitura para a empresa referente ao passe-livre estudantil que era de 38% no valor da passagem, subiu para 50%.
A Prefeitura esclarece que está trabalhando para resolver a questão o mais possível por entender a necessidade do serviço para a população.
Todas as medidas adotadas visavam garantir o acesso ao cidadão o direito ao transporte público e a manutenção dos serviços prestados pela empresa Cidade de Pedra.