Longe da Prefeitura por 180 dias. Esse é tempo que a Justiça determinou após pedir o afastamento do prefeito Fábio Mauri Garbúgio, de Alto Taquari (MT), por suspeita de improbidade administrativa por suposta cobrança de propina no valor de R$ 17 mil de um fazendeiro. Em troca, ele liberaria um caminhão com produtos agrícolas que estava saindo da propriedade rural.
Ainda de acordo com as informações o juiz, Fábio Alves Cardoso, determinou a indisponibilidade dos bens do prefeito em até R$ 51 mil. O prefeito tem 15 dias para apresentar recurso.
Denúncia ao Ministério Púbico
Conforme consta nas informações, uma denúncia anônima chegou ao Ministério Público Estadual sobre a conduta ilegal do gestor municipal de Alto Taquari. A denúncia afirmava a cobrança indevida de propina por parte do prefeito. Em resposta, o MPE solicitou o afastamento de Fábio Mauri Garbúgio (PDT).
Investigação
De acordo com o processo de investigação, no dia da suposta cobrança indevida de propina no ano passado, o prefeito acompanhado de um policial e um fiscal, teria exigido de um casal a quantia de R$ 17 mil para liberarem um caminhão carregado com produtos agrícolas produzidos na propriedade rural.
Segundo consta no relato, os fazendeiros tinham o costume de sair da fazenda com o produto da colheita, para fazer a pesagem em uma balança disponibilizada por terceiros. O peso da carga era utilizado para emissão de Nota Fiscal. O veículo teria ficado retido até que o pagamento fosse efetuado.
Ainda de acordo com a investigação, as vítimas emitiram três cheques. Um, no valor de R$ 7 mil, que foi depositado diretamente na conta do Posto Garbúgio, que é propriedade de Fábio, embora esteja no nome da mulher e do filho dele.
Outros dois cheques, no valor de R$ 5 mil, foram sacados no caixa de uma cooperativa de crédito, por um funcionário do prefeito.
Durante o afastamento, o vice-prefeito Marco Aurélio Julien (PRB) assume a administração do município.
