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Golpe do falso empréstimo aumentou 194% nos últimos três anos

Da Redação com R7

Segundo informações do site Reclame Aqui em conjunto com a Noverde, empresa especializada em crédito online para as classes C e D, o golpe do falso empréstimo no WhatsApp aumentou 194% nos últimos três anos. Considerando apenas os períodos entre janeiro e setembro, foram 232 casos em 2017, 519 em 2018 e 683 em 2019.

Nos nove primeiros meses deste ano foi registrado um crescimento de 31,5% em comparação ao mesmo período de 2018. A modalidade do golpe ainda não possui uma divisão específica no Sistema Digital de Ocorrências da Polícia Civil de São Paulo para o relato deste tipo de crime.

Se antes eram usados apenas nomes de bancos conhecidos, hoje os criminosos utilizam nomes de fintechs (empresas de tecnologia que prestam serviços financeiros) como isca.
A diretora de riscos da Noverde, Débora Cipolli, afirma que já existe um consenso no mercado de que esse tipo de abordagem está crescendo cada vez mais, o que requer maior atenção por parte das empresas que oferecem esse tipo de serviço, assim como da população.

A especialista traça o roteiro de como ocorre o golpe. “O caminho é sempre o mesmo: a pessoa recebe no WhatsApp uma mensagem se fazendo passar por uma fintech informando que há um limite de crédito pré-aprovado disponível. Contudo, é exigido que se faça um depósito antecipado. Já é um claro sinal de tentativa de golpe”, esclarece a diretora de riscos.

Outras estratégias

Outro conhecido golpe dentro do aplicativo de mensagens envolve o roubo da conta do usuário. Leticia Marques, advogada especialista em Direito Civil, conta que uma modalidade cada vez mais utilizada é a que os criminosos se utilizam de redes sociais e de um procedimento padrão de confirmação, via mensagens SMS de verificação por meio de código.

“Imagine a seguinte situação: você anuncia algum produto em uma determinada plataforma de comércio online, uma pessoa entra em contato identificando-se como funcionária da plataforma e informa que você necessita compartilhar o código de confirmação da publicação do anúncio, através de um SMS”, conta.

Ela explica que, como usuário acabou de realizar aquele anúncio e acredita que se trata de um funcionário de uma dessas plataformas, ele informa o código de verificação que aparece na tela do celular.
“No entanto, o que você não sabe é que o interlocutor se trata de um criminoso e que o código de verificação era o número de autenticação exigido pelo WhatsApp para concluir a configuração do perfil em outro aparelho celular”, relata.

“Desse modo, os criminosos se passam por você com acesso ao seu WhatsApp e à sua agenda de contatos em outro aparelho celular. É com essas informações em mãos, que eles inventam histórias e pedem dinheiro emprestado à sua família, amigos e conhecidos, que podem acabar caindo no golpe e realizando depósito ou transferência bancária”, comenta.

Uma das pessoas que caiu num golpe similar é o estagiário e estudante Tiago Tiezzi, de 21 anos. Ele conta que começou a receber ligações de uma pessoa que se passava por um funcionário da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

“Eu tinha acabado de me mudar de Ribeirão Preto para São Paulo e, segundo eles, meu celular não tinha uma atualização que já tinha sido feita em São Paulo, mas não em Ribeirão. Eu perguntei o que era essa atualização e eles falaram que eu tinha que desligar o celular por meia hora. Eu respondi que não, não dava. Fiquei apreensivo, disse que não ia desligar”, conta o estudante.

Ele relata que os criminosos ligaram diversas vezes, e, pela insistência, decidiu fazer a suposta atualização. “Só que nessa hora, eles me mandaram uma mensagem pelo WhatsApp, que era do próprio aplicativo, só que eu nem li direito, no cansaço ali eu nem liguei. E aí eles falaram ‘só me fala o código que aparecer aí, que a gente está mandando’. Eu fui no automático, li o código e falei. Só que era o código de acesso remoto. Desliguei meu celular, como eles haviam me orientado, e fiquei em casa jogando videogame.”

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