O final de ano se aproxima e com ele chega um alívio financeiro para muitos brasileiros: o 13º salário. Em um ano atípico, consequência da pandemia do novo coronavírus, muitas famílias viram as contas de casa apertarem e aguardam ansiosas pelo benefício.
Para Reinaldo Domingos, PhD em educação financeira e presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), apesar de o 13º não ter sido criado propriamente para aliviar apertos no final do ano, ele foi pouco a pouco sendo incorporado no orçamento das famílias, situação que se agravou ainda mais num cenário de crise.
Pensando nisso, além de Reinaldo Domingos, presidente da Abefin, o R7 Economize conversou com Teresa Tayra, educadora financeira, para preparar dicas sobre como utilizar o 13º da melhor forma possível, de acordo com as suas necessidades.
Dívidas
Para Domingos, dinheiro extra não deveria ser utilizado para quitar dívidas, mas, infelizmente, essa é realidade de boa parte da população brasileira, especialmente por conta da pandemia.
Segundo ele, não se deve sair correndo, sem pensar, para ajustar as contas.
É necessário entender o que se deve, qual o real fôlego para negociação e buscar credores. No entanto, “é preciso ter cuidado para não fechar acordos que não conseguirá honrar, se complicando ainda mais”.
É o que afirma Teresa também. De acordo com a educadora financeira, bons passos a se seguir são:
- Mapear o orçamento;
- Verificar se o padrão de vida está de acordo com a renda; e
- Buscar a renegociação.
Presentes de Natal
Receber o 13º na conta, mas sair às compras com cartão de crédito é uma estratégia adotada por muitos brasileiros. Porém, é um movimento que pode gerar a chamada ‘bola de neve’.
Reserva de emergência
O cenário de grande incerteza para 2021, tanto economicamente, quanto politicamente, é um sinal de alerta para o brasileiro passar a construir uma reserva de emergência, segundo Domingos.