O empresário Ernando Cardoso, dono de uma indústria de processamento de soja em Porto Alegre do Norte, contou a reportagem do Agora MT que está tendo um prejuízo diário de R$ 1,5 milhões com os atoleiros na BR-158.
A rodovia é uma das maiores do Brasil, ligando a cidade de Redenção no Pará com Santana do Livramento no Rio Grande do Sul. O problema é um trecho de 120 quilômetros entre os municípios de Ribeirão Cascalheira e Canabrava do Norte, no interior de Mato Grosso. O trecho passa pela reserva indígena de Marãiwatsédé e não tem asfalto.
“É uma combinação triste. Estrada de chão, chuva e carretas”, contou Ernando reforçando que a população da região espera há mais de 50 anos pela pavimentação do percurso.
“Quem vai investir numa região que não tem nem estrada. Minha empresa esta tendo prejuízo de R$ 1,5 milhões por dia por que não consegue escoar a produção”, desabafou Ernando.
Mais de 200 caminhões estão parados no trecho, segundo levantamento dos sindicatos rurais da região. O Dnit não tem previsão para realizar obras de pavimentação no trecho, apenas reparos para melhorar a trafegabilidade quando o tempo melhorar.
O Dnit disse ainda que existe um projeto para criar um contorno na reserva de Marãiwatsédé, onde fica o trecho sem asfalto, mas que não há recursos liberados no momento para as obras.