Os deputados estaduais rejeitaram a proposta do governador Mauro Mendes (DEM), que previa a criação de um “feriadão” de 10 dias em Mato Grosso. A votação ocorreu em sessão na tarde desta terça-feira (23).
Curiosamente, o único voto a favor do governo veio de um deputado da oposição: Lúdio Cabral (PT), que é médico sanitarista e defende uma quarentena obrigatória no Estado.
A ideia, segundo Mendes, seria evitar a circulação de pessoas e, consequentemente, conter o avanço desenfreado da Covid-19.
A maior parte dos parlamentares, no entanto, entendeu que a medida poderia surtir efeito contrário e gerar mais aglomerações.
Também foi citado por alguns, o impacto econômico de um novo “fecha tudo” no Estado, uma vez que, há um mês, Mato Grosso já tem medidas mais restritivas para o funcionamento das atividades econômicas.
Comissão rejeita mensagem
Durante a sessão, a Comissão de Trabalho e Administração Pública da Casa emitiu parecer oral contrário à mensagem do Governo.
O relator na comissão, deputado Sebastião Rezende (PSC), emitiu voto pela reprovação.
Ele teve o voto acompanhado pelos colegas Elizeu Nascimento (PSL), Valmir Moreto (PRB), Carlos Avalone (PSDB).
Antecipação
A proposta analisada pelos deputados sugeria a antecipação dos feriados de Corpus Christi, Consciência Negra, Dia Mundial do Trabalho e aniversários dos municípios de Mato Grosso, que se somariam à Semana Santa.
Desta forma, o “feriadão” valeria de 26 de março a 4 de abril.