O Ministério Público Estadual instaurou um inquérito para apurar suspeitas de desvio de recursos, na ordem de R$ 1,3 milhão, da Empresa de Zeladoria e Serviços Urbanos de Cuiabá (Limpurb).
A investigação é conduzida pelo promotor de Justiça Célio Fúrio e foi instaurada no início do mês, se tornando pública recentemente.
O documento não traz detalhes de como teria se dado o esquema de desvio de recursos, mas cita que há indícios de cometimento de improbidade administrativa, com danos ao erário ou enriquecimento ilícito, supostamente cometidos por J. A. A. e P. A. O. N..
“Por ser necessária a complementação de informações visando colher elementos para identificação e melhor delimitação dos investigados, dos fatos e do objeto da apuração, determino a instauração do presente inquérito”, determinou o promotor.
Segundo ele, o suposto crime é objeto de investigação da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR) e da Controladoria Geral do Município. Esta última, por meio de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), ainda em fase de instauração.
Ao instaurar a apuração, o promotor Célio Fúrio requereu que a Controladoria informe o andamento do processo, mencionando, inclusive, em que fase está a apuração.
Já a Limpurb, deverá encaminhar ao MPE, cópia integral da Tomada de Contas Especial, instaurada para apurar os fatos.
Outro Lado
Em nota, a Prefeitura de Cuiabá confirmou que a suspeita de transações financeiras ilegais foi observada a partir de um trabalho de auditoria da Controladoria do Município e pela Limpurb.
-Disse ainda que a própria Limpurb apresentou, em dezembro do ano passado, à Deccor uma denúncia contra os dois servidores.
“Ao tomar conhecimento dos fatos, também foi efetuado o imediato afastamento dos servidores das funções exercidas dentro do Executivo. O relatório montado pela Limpurb, em parceria com a Controladoria Geral do Município (CGM), foi entregue na Deccor e também no Ministério Público do Estado. Agora, o Município aguarda a conclusão do inquérito aberto e se coloca à disposição para ajudar no processo”, cita nota.