O aplicativo ‘Âmago’ que auxilia mulheres de todo o Brasil em situação de risco e violência, comemora um ano de existência nesta terça-feira (4).
O Âmago é uma startup paranaense que surgiu em maio de 2020, em plena pandemia, para ajudar mulheres em situação de risco e violência. Trata-se de um botão de pânico portátil que funciona junto a um aplicativo de smartphone.
Quando acionado, o botão envia um comando para o app, que emite um alerta imediato para cinco contatos da rede de apoio da mulher, avisando que ela está em risco, e ainda fornece a sua localização em tempo real. Desta forma, as pessoas notificadas podem ir até ela ou informar os órgãos responsáveis.
“O projeto nasceu no início da pandemia e nós nos tornamos parceiros deste projeto. Qualquer mulher vítima ou não da violência doméstica pode ter esse botão do pânico. Muitas vezes a mulher trabalha ou estuda a noite, mora sozinha, você mulher que precisa de uma proteção, primeiro a gente fala que quem tem que chegar primeiro é a Polícia,
qualquer emergência ligue 190, depois use essa ferramenta, as cinco pessoas cadastradas vão poder te ajudar”, esclarece a presidente da Associação Das Mulheres de MT, Sandra Raquel.
O Âmago é o único dispositivo do país com esta tecnologia em que a mulher não precisa pegar no celular para fazer o pedido de socorro.
A ferramenta é gratuita para as usuárias, basta que elas se cadastrem no site www.amago.app e aguardem na fila de espera.
Os botões são financiados através de doações de empresas parceiras ou pessoas engajadas na causa e que apoiam o projeto. Até setembro de 2021, a empresa já está comprometida com o auxílio a mais de mil mulheres através do botão, mas esse número tende a aumentar com novos apoiadores e parcerias.
Em Mato Grosso, as mulheres contam com este dispositivo e tem o apoio da Associação em Defesa e Garantia dos Direitos das Mulheres de Mato Grosso, que tem como presidente, Sandra Raquel Mendes.
Os números da violência contra a mulher impressionam no país. A cada dois segundos, uma mulher sofre algum tipo de violência, e a cada sete horas uma mulher é vítima de feminicídio.