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Bolsonaro fala em farsa eleitoral e reafirma críticas ao STF e ao TSE

Presidente chegou a dizer que convocaria o Conselho da República, mas deve optar pela convocação do Conselho de Governo - formado apenas por membros da Administração Federal

Da Redação
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O presidente Jair Bolsonaro agradeceu os manifestantes e reiterou criticas ao STF, prefeitos e governadores – Foto: EBC

Levantamento feito pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo aponta que cerca de 125 mil pessoas participaram do ato convocado pelo presidente Jair Bolsonaro na capital do estado. Os manifestantes se reuniram ao longo da avenida Paulista, onde o presidente fez um pronunciamento em que retomou a questão do voto impresso e as críticas ao Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro chegou a falar em convocar o Conselho da República, mas, horas depois, assessores informaram que ele desistiu da medida e convocará o Conselho de Governo.

Antes da participação na Avenida Paulista o presidente havia discursado em um outro ato, realizado na esplanada dos Ministérios, em Brasília. Nos dois eventos os manifestantes levavam faixas e cartazes defendendo o impeachment dos ministros do STF e a intervenção militar no país.

Bolsonaro chegou em São Paulo por volta das 15h30 e, do alto de um carro de som, falou aos manifestantes: “Não vamos mais admitir [que] pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e desrespeitar a nossa Constituição. Ele teve todas as oportunidades para agir com respeito a todos nós, mas não agiu dessa maneira como continua a não agir”, disse.

Sobre o modelo das eleições no país, ele se dirigiu a Luís Roberto Barroso, presidente do TSE. “Nós queremos eleições limpas, auditáveis e com contagem pública. Não posso participar de uma farsa como essa patrocinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, disse. “A alma da democracia é o voto. Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições. Não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável”, disse Bolsonaro.

O presidente também voltou a responsabilizar governadores e prefeitos pela crise decorrente da pandemia de Covid-19. “Vocês passaram momentos difíceis com a pandemia [de covid-19], mas pior que o vírus foram as ações de alguns governadores e alguns prefeitos, que simplesmente ignoraram a nossa Constituição, em especial os incisos do Artigo 5º, onde tolheram a liberdade de expressão, tolheram o direito de ir e vir, proibiram vocês de trabalhar e frequentar templos e igrejas para sua oração.”

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Presidente discursou para manifestantes em Brasília e também devera participar do em ato realizado em São Paulo – Foto: Reprodução

RECUO
Durante o discurso realizado em São Paulo o presidente havia anunciado a disposição de convocar o Conselho da República que, conforme a legislação, deve opinar em casos graves de risco à democracia e também antes da decretação de medidas excepcionais que envolvem a suspensão de garantias constitucionais – como o ‘Estado de Defesa’ e o ‘Estado de Sítio’.

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do STF, Alexandre Fux, que integram o Conselho da República, negaram ter sido convidados.

Por outro lado, parlamentares da oposição já se movimentavam para a reunião. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou que havia conversado com os líderes partidários para que os dois indicados pelo Senado ao Conselho da República fossem ele e o senador Omar Aziz (PSD-AM), que preside a CPI da Pandemia.

“Adianto ao Presidente que já estamos prontos para tomar seu depoimento. O Senhor quer estar na condição de testemunha ou investigado Jair Bolsonaro? Estamos ansioso!” , declarou.

No início da noite a jornalista Thaís Oyama, do UOL, informou a mudança de opinião do presidente. Citando como fonte um integrante do primeiro escalão, a jornalista revelou que Bolsonaro optou por convocar o Conselho de Governo e, após isso, deverá pedir uma reunião com os presidentes do STF, da Câmara e do Senado.

Como o nome diz, o o Conselho de Governo é formado apenas por membros da administração federal — ministros de Estado e o Advogado-Geral da União — e tem a finalidade de “assessorar o presidente da República na formulação de diretrizes de ação governamental”.

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