O juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, acionou o Ministério Público do Estado (MPE) para a produção de provas dando conta de que a jornalista de 37 anos de idade, presa duas vezes nesta semana em Cuiabá, teria descumprido medidas judiciais.
A medida ocorre, uma vez que o magistrado, ainda não foi comunicado oficialmente de tais descumprimentos.
Ainda assim, nesta sexta-feira (15), ele acabou dando um despacho no processo em que a mulher figura como ré.
Conforme noticiado nesta semana, a jornalista foi presa na última segunda-feira (11), após jogar cerveja no rosto de um policial militar em um bar na Praça Popular, na Capital.
Detida, ela passou por audiência de custódia no dia seguinte e foi colocada em liberdade mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Ela também estava proibida de sair de casa das 22h às 6h, bem como frequentar bares, boates ou similares.
Neste mesmo dia, contudo, ela desligou a tornozeleira e voltou a região da Praça Popular, quando acabou presa novamente. Ela deveria passar por uma nova audiência de custódia, o que não ocorreu.
Na manhã seguinte, ela ainda acabou se envolvendo em uma briga na região do Zero Quilômetro em Várzea Grande.
“Assim, diante dos supostos descumprimento das medidas cautelares impostas conduzida N. S., abra-se vista dos autos ao Ministério Público, para às providências necessárias”, determinou o magistrado.
AUXÍLIO PSICOLÓGICO
Conforme a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, o magistrado também tem a intenção de conversar com a família da mulher e descobrir quais são as suas necessidades.
O juiz João Bosco também disponibilizará a equipe multidisciplinar do Fórum de Cuiabá (assistente social e psicóloga) para que se identifique possíveis problemas e o encaminhamento que deve ser dado neste caso.
O Poder Judiciário tem o Projeto Justiça Terapêutica e o próprio Juizado Especial Criminal (Jecrim), que podem auxiliar nos tratamentos necessários.
O magistrado quer minimizar o risco social a que ela está exposta, informou a assessoria.