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Produção industrial reage e abre o segundo semestre com alta de 0,6%

Setor, responsável por mais de 20% da produção de riquezas, registrou expansão em cinco dos sete meses desde o início do ano

Fonte: R7
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Imagem: Producao industrial Produção industrial reage e abre o segundo semestre com alta de 0,6%
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Depois de encerrar junho em queda, a produção industrial brasileira reagiu e cresceu 0,6% em julho, de acordo com informações reveladas nesta sexta-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desde o início de 2022, o setor registrou cinco meses de alta até agora.

Com a variação positiva, a atividade responsável por mais de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país — agora se encontra menos de 1 ponto percentual abaixo do nível de fevereiro de 2020, o último mês sem os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia nacional.

André Macedo, gerente responsável pela PIM (Pesquisa Industrial Mensal), avalia que ao longo do ano de 2022 o setor industrial vem mostrando maior frequência de resultados positivos, com quedas registradas apenas nos meses de janeiro (-1,9%) e junho (-0,3%).

“São cinco meses de crescimento em sete oportunidades. Nesses resultados, observa-se a influência das medidas governamentais de estímulo e que ajudam a explicar a melhora registrada no ritmo da produção. Mas vale destacar que ainda assim a produção industrial não recuperou as perdas do passado”, explica Macedo.

Na análise dos segmentos que integram o setor industrial, a maior influência positiva para a reação apurada no mês de julho partiu da produção de itens alimentícios (+4,3%). Trata-se do terceiro mês seguido de avanço na produção para a atividade industrial, com um ganho acumulado de 7,3% no período.

“Esse crescimento foi bastante disseminado entre os principais itens dessa atividade. Desde o açúcar, que tem uma alta importante para esse par de meses, até carnes bovinas, suínas e de aves, além dos laticínios e dos derivados da soja”, destaca André Macedo.

Outras contribuições positivas no mês vieram das indústrias de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+2%), que voltaram a crescer após recuar 1,3% em junho, e indústrias extrativas (+2,1%), que acumulam expansão de 5% com dois meses consecutivos de taxas positivas.

Por outro lado, os ramos de máquinas e equipamentos (-10,4%), outros produtos químicos (-9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,7%) exerceram os principais impactos negativos em julho de 2022.

“A atividade de máquinas e equipamentos foi diretamente afetada pelos itens que ficam dentro da indústria, tanto a de produção seriada quanto aquela feita sob encomenda, e que é associada aos investimentos dentro do setor industrial e a modernização e ampliação do parque produtivo”, destaca Macedo.

No mês, duas das quatro grandes categorias econômicas avançaram em comparação a junho. A maior variação positiva veio de bens intermediários (2,2%), que eliminou a perda do mesmo valor acumulado nos meses de maio e junho de 2022. Os bens de consumo semi e não duráveis (1,6%) também mostraram crescimento, após terem recuado 0,9% no mês anterior.

Em contrapartida, os setores produtores de bens de consumo duráveis (-7,8%) e de bens de capital (-3,7%) recuaram nesse mês, com o primeira interrompendo dois meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou avanço de 10,2%; e o segundo intensificando a queda de 1,9% registrada no mês anterior.

Macedo também destaca que esse saldo negativo da indústria se deve não somente às restrições de oferta de insumos e componentes eletrônicos para a produção do bem final, mas também, pelo lado da demanda doméstica, aos impactos negativos que já são observados há algum tempo.

“São juros e inflação em patamares mais elevados. Isso aumenta os custos de crédito, diminui a renda disponível por parte das famílias e faz com que as taxas de inadimplência permaneçam em patamares mais elevados”, analisa o pesquisador.

Outro fator citado com influência negativa para a produção industrial são as características do mercado de trabalho atual. “Mesmo com a redução das taxas de desocupação nos últimos meses ainda se percebe um contingente elevado de trabalhadores fora desse mercado de trabalho e uma piora nas condições de emprego que são gerados”, completa Macedo.

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