O candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), descartou emitir uma carta ao agronegócio, tal como fez com os evangélicos. A “Carta aos Evangélicos” foi publicada pelo petista nesta semana.
Lula voltou criticar o setor predominantemente bolsonarista. “O problema do agronegócio conosco não é problema de dinheiro, pode ser problema ideológico, pode ser problema de concepção. Nós não vamos permitir ocupação desordenada da Amazônia, nós não vamos permitir ocupação desordenada de nenhum bioma”, disse.
Para Lula, “não é possível fazer uma campanha fazendo carta para cada setor da economia brasileira”. A jornalistas em Porto Alegre (RS), o candidato afirmou: “Eu tenho muita tranquilidade que qualquer oposição que o agronegócio tenha ao PT e a mim não é por conta de mau tratamento que eles tiveram quando fui governo ou quando Dilma foi presidente”.
O agronegócio continua sendo a “pedra no sapato” de Lula rumo à eleição. No primeiro turno, o petista teve de recuar após afirmar, durante sabatina no Jornal Nacional, da Globo, que parte do agronegócio brasileiro é “fascista e direitista”. Voltou atrás dias depois ao afirmar que entre os produtores de alimentos há “muita gente responsável”, “que cuida do meio ambiente” e “está tentando preservar”.