O 7 é um número sensacional. 7 são as cores do arco-íris, os dias da semana, as notas musicais. No judaísmo, existem 7 céus (eu só tinha ouvido falar em 3). E o 7 tornou-se um número mágico para nossa família. É que hoje, 7 do 7 (julho) de 2023 (se somar os números do ano, dá 7 também), às 17 horas (tem 7 até no horário), está marcado para o parto de minha filha Letícia (nome que tem 7 letras), trazendo ao mundo meu segundo netinho, Rafael. Detalhe: em casa, somos em 7 a esperá-lo.
Pude escrever sobre a gravidez da Lelê nesta coluna. Lembro-me mesmo de mencionar que meu coração parou quando ouvi o do meu neto bater no exame de ultrassonografia. Hoje, ele vai explodir quando ouvi-lo chorar.
Pode ser um tanto enfadonho ao querido leitor acompanhar um texto como o de hoje, extremamente pessoal. Mas não consigo pensar em outra coisa ou assunto para escrever a respeito. Sinto muito. A chegada de um neto para mim tem o peso de um cumprimento profético. É um sentimento mágico, único, especial. É a chance de eu ser pai outra vez, sem o medo de cometer erros pela experiência adquirida ao longo dos anos.
Olhei-me no espelho essa manhã e disse a mim mesmo: “Você vai ser avô de novo, cara!”, e sorri. Quando o primeiro neto, Lucas, nasceu, lembrei-me de um poema escrito há mais de 2 mil anos, o Salmo 128, onde se lê: “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor! O Senhor te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel!” (grifo nosso).
Essa bênção me alcançará hoje pela segunda vez, cumprindo, assim, a promessa de eu ver os filhos dos meus filhos, no plural mesmo. Até aqui, eu só tinha visto o filho da minha filha. Doravante, serão os filhos dos meus filhos. Pra falar a verdade, queria viver para ver os filhos dos meus netos, mas aí já não é comigo e, mesmo que isso não aconteça eventualmente, já estou muito feliz e realizado em ter esses dois pequenos, Lucas e Rafael, em meus dias nessa terra.
Ah, já ia esquecendo: Meu nome, Vanzeli, também tem 7 letras. É, acho que esse Rafael vai chegar pintando o 7!