Os vereadores Rodrigo da Zaeli, subtnente Guinâncio e Jailton do Pesque Pague, ambos do PSDB, acusam a Prefeitura de Rondonópolis de ‘esconder’ materiais adquiridos pelo município com dispensa de licitação durante a pandemia. Isso teria ocorrido após eles tentarem conferir as mercadorias no estoque. Ontem (14), os vereadores alegam que foram barrados por servidores e não puderam entrar no depósito da Secretária Municipal de Saúde.
E que após isso os vereadores receberam a informação de que os materiais foram retirados emergencialmente do depósito da Secretária e levados para outro barracão no Jardim Adriana. No vídeo eles mostram que os materiais estão espalhados pelo depósito.
Na visita a Câmara Municipal, na última sessão que aconteceu na quarta-feira (13), o prefeito José Carlos do Pátio, afirmou na tribuna que não havia adquirido todos os materiais descritos na compra que seriam de 204 mil rolos de papel higiênico e mais 8,5 mil pacotes de papel toalha com duas mil folhas. O valor gasto passa dos R$ 700 mil. Pátio alega que usou apenas 6% do valor.
OUTRO LADO
A Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis informa que o imóvel mostrado no vídeo não é de propriedade do Município e nem locado pelo município.
A Saúde também informa que o material mostrado também não é do município.
Segundo a pasta, do contrato para compra de papel higiênico e papel toalha, o Município promoveu o compra de somente 1.120 pacotes de papel higiênico e 741 caixas de papel toalha. Esses produtos foram devidamente solicitados pelo Município, entregues pelo fornecer no Almoxarifado da Saúde e pagos.
A Saúde ressalta ainda que essa quantidade de produtos adquiridos representa 6,58% do total de papeis higiênicos contratados e 8,6% dos papeis toalhas contratados.
Informa ainda que o contrato foi feito por precaução com previsão de compra em um momento de expectativa do pico de coronavírus. Como esse pico não ocorreu, a totalidade não foi adquirida e nem paga.
LEIA TAMBÉM
MP aponta que Pátio comprou R$ 715 mil de papel higiênico em loja de informática
Ministério Público aponta superfaturamento de mais de 400% em materiais de limpeza