A pequena Lara Karolaine Souza Silva de quatro meses de idade, morreu na terça-feira (20), no Hospital São João Batista, em Poxoréu (distante há 80 quilômetros de Rondonópolis), à espera de uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A família acredita que houve negligência médica e má vontade por parte de servidores da rede municipal de saúde, já que a menina não foi encaminhada a Rondonópolis à espera de uma senha que demorou ser gerada pela Secretaria de Saúde.
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Dona Carmem Lúcia Alves é avó da criança e contou com exclusividade ao Site AGORA MT, como uma sequência de falhas, fez com que sua 1ª neta morresse à espera do devido atendimento.
“Na manhã de segunda-feira (19), minha neta tomou uma vacina e a noite ela passou mal e ficou empolada. Na terça-feira (20) ela não melhorava então fomos para o hospital onde o médico Benedito afirmou que a criança estava com a garganta inflamada e receitou uma medicação, que foi comprada logo na manhã de quarta-feira (21)”, explicou.
De acordo com a avó, logo depois de tomar a medicação o bebê vomitou e começou a ficar roxa.
“Corremos novamente para o hospital, e o médico Valteli imediatamente internou e entubou minha neta e fez a solicitação da UTI, pois ele informou que o estado da criança era grave”, conta.
Ainda conforme Carmem Lúcia, passaram-se horas e horas e somente às 14h a senha saiu, minutos depois de a criança morrer.
“Procuramos várias vezes a responsável pelo encaminhamento (Ida Araújo), que sabia da gravidade da criança”, diz.
Agora a família pede explicações quanto a demora no encaminhamento da senha e o remédio que pode ter ajudado a piorar o quadro de saúde da menina, além de informações sobre a vacina, já que houve uma reação alérgica.
“Sei que nada vai trazer minha neta de volta, mas vamos na justiça resolver isso. Eu não entendo porque faltou má vontade de todos os lados”, questiona.
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OUTRO LADO
A reportagem do Site AGORA MT entrou em contato com a diretora do Hospital São João Batista, Olinete Magne. Ela explica que o caso será levado a diretoria da unidade.
“No dia do fato eu não estava, então não posso afirmar se houve ou não erro médico. Vamos fazer um levantamento, e ouvir os profissionais para saber mais detalhes do que aconteceu para depois tomar alguma providência administrativa, já que até então eu ouvi apenas o pai da criança”, argumentou.
SECRETARIA DE SAÚDE
Também foi feito contato na Secretaria Municipal de Saúde de Poxoréu, para saber o motivo da demora da liberação da senha e se a servidora citada será investigada. Entretanto, todos os telefones ou só chama ou estão desligados.