O que deveria ser um espaço de uso coletivo, democrático e de lazer tem ficado a cada dia que passa, com a imagem da falta de educação. A população que mora ao redor da feira do bairro Vila Operária, em Rondonópolis, não suporta mais a sujeira que fica no local após o expediente dos feirantes. Eles reclamam que no término do trabalho, o lixo toma conta das ruas.
A feira acontece aos sábados e encerra aos domingos no início da tarde. Após esse horário o lixo se espalha pelas ruas. A limpeza é feita pelas equipes da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) sempre na segunda-feira pela manhã. “Não tem como colocar uma equipe da Coder para limpar aos domingos após a feira, pois teríamos que mexer na folha de pagamento disponibilizando horas extras aos funcionários” explica o secretário de Agricultura Municipal, Renato Mendes Vieira.
Vários programas de conscientização já foram feitos no local para os feirantes com o objetivo de amenizar o problema, porém, o trabalho não tem adiantado muito, conforme explica o Secretário. “Já doamos sacos de lixos que foram solicitados pelos feirantes, mas de nada adiantou, alguns ainda continuam jogando na rua”, diz o secretário.
Conforme o presidente da Associação dos Feirantes de Rondonópolis (Asfero), Luis Cláudio Martins, antes era a equipe da Coder que realizava o trabalho no domingo, mas já faz mais de um ano que parou. “A Coder tem obrigação de limpar, antigamente eram eles, mas pararam a algum tempo” explica Luis.
O presidente ainda explica que também já realizou programas de conscientização para os feirantes, porém, sem resultados. “Nós iremos colocar 80 latões de lixo no local para tentar minimizar o problema. Vamos bater pesado na conscientização, estou organizando um novo projeto até com distribuição de panfletos” diz Cláudio.
Este problema não é vivenciado apenas na praça na Vila Operária, conforme o presidente da Asfero, os moradores do bairro Vila Aurora também passam pelo mesmo problema que foi amenizado com a implantação de 50 lixeiras. “Após alguns programas de conscientização e a implantação das lixeiras o problema melhorou 70%” finaliza o presidente.