Até o final do ano, o Ministério dos Transportes e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) devem lançar novos trechos da obra de duplicação da BR-163/364 entre o Posto Gil e Rondonópolis. O anúncio foi feito pelo deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT), coordenador da bancada de Mato Grosso, durante entrevista a uma emissora de rádio de Cuiabá, nesta segunda-feira. Segundo o parlamentar, as obras foram garantidas pelo governo federal, apesar dos cortes orçamentários realizados no Ministério dos Transportes.
Wellington lembrou que vários trechos dessa rodovia já estão em obras, como é o caso do Posto Gil a Rosário Oeste (45 km), da Serra de São Vicente e as travessias urbanas em Jaciara e Rondonópolis.
O coordenador da bancada participou, neste final de semana, do estradeiro que está sendo realizado pelo governo do Estado ao longo da BR-163 e voltou entusiasmado com a possibilidade dos chineses investirem na construção de uma ferrovia ligando Cuiabá a Santarém, no Pará. Segundo Wellington, o contato com os chineses começou há dois anos, quando ele visitou aquele país como membro da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. Na época, o interesse dos chineses era pelo trem-bala, que deve ligar São Paulo e o Rio de Janeiro. Mas o parlamentar mato-grossense aproveitou a ocasião e apresentou aos chineses o projeto da Ferrovia Transcontinental (ligando o Atlântico ao Pacífico, passando por Mato Grosso). Logo em seguida, foi a vez dos chineses virem para cá conhecer Mato Grosso e seu potencial econômico. Agora, eles estão conhecendo o projeto da ferrovia ligando Cuiabá a Santarém e, segundo Wellington Fagundes, o interesse deles pode incluir o trecho da Ferrovia Vicente Vuolo entre Cuiabá e Rondonópolis.
Para Wellington, a China poderá ser a grande parceira do Brasil na construção de ferrovias. “Eles têm tecnologia e recursos para investir e podemos fazer essas obras adotando o modelo de PPP (Parceria Público-Privado)”, avalia.
Outra alternativa, segundo o parlamentar, é viabilizar recursos através da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), que está em fase de implantação pelo governo federal. “O importante é viabilizarmos o escoamento da nossa produção e crescermos ainda mais”, disse ele.