Os principais líderes da greve dos servidores públicos municipais de Rondonópolis, deflagrada na última sexta-feira (30), são os que melhor ganham na média do funcionalismo municipal e em uma boa parte das empresas privadas com sede ou filial em Rondonópolis.
De acordo com o Portal Transparência da Prefeitura (www.rondonopolis.mt.gov.br), onde qualquer cidadão pode comprovar as informações, o principal líder da greve, o “professor” Rubens Paulo, mesmo sem pisar em uma sala de aula há muito tempo, recebeu no mês de janeiro, a quantia de R$7.439,93.
Outro exemplo, é o diretor jurídico do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), Ilson Galdino, que recebeu este mês a quantia de R$ 11.229,24. Outro líder do movimento, Carlos Alves Pereira tem vencimentos na ordem de R$5.573,54, apenas para citar alguns exemplos entre os demais grevistas.
Com a proposta feita pelos líderes da greve e do Sispmur, que é um aumento de 19%, os super salários destes servidores, que no caso do presidente do sindicato, não precisa “bater” ponto em sua devida repartição, vão se tornar uma verdadeira mina de ouro, como é o caso de Galdino, que se aprovada a proposta irá receber a mais quase R$ 2 mil a mais por mês, chegando a bagatela de algo em torno dos R$ 14 mil reais.
Já na outra ponta da queda de braço entre Prefeitura e Sispmur, está uma maioria esmagadora de servidores municipais que tem vencimentos em algo próximo a R$ 1 mil, ou seja, eles ganham por mês 50% do que Galdino receberá só de aumento, caso seja aprovada a proposta feita pelo Sindicato.
Ainda de acordo com a proposta dos líderes grevistas a maioria dos funcionários, ou seja, aqueles que tem salário próximo a R$ 1 mil, terão um aumento médio de apenas R$ 190, ou seja, apenas 10% do aumento polpudo do diretor jurídico do Sispmur.
Caso o prefeito aceite a proposta de aumento de 19%, os servidores efetivos e concursados, que representam 40% do total de trabalhadores, a folha de pagamento chegará na casa dos R$ 8 milhões, em contra partida, os servidores comissionados, que são os 60% restante da mão de obra da Prefeitura, representam um gasto de aproximadamente R$ 2,9 milhões.