Doze bebês prematuros morreram em um incêndio em um hospital de Bagdá, segundo informações do Ministério da Saúde do Iraque – em episódio que causou comoção no país e trouxe à tona, novamente, o debate sobre segurança em edificações.
O incêndio ocorreu na maternidade de um dos maiores hospitais da capital iraquiana, o Yarmouk. Outros oito bebês e 29 mulheres foram resgatados e transferidos para outros hospitais.
Segundo o Ministério, o fogo provavelmente foi causado por um problema elétrico – algo comum no Iraque, principalmente por causa de falta de manutenção e problemas na fiação.
E, para aumentar o perigo, as edificações do país também costumam ter saídas de emergência insuficientes.
Amir al-Mukhtar, assessor do Ministério da Saúde, afirmou que havia 20 bebês dentro da maternidade quando o incêndio começou, por volta da meia-noite (horário local).
Mas o fogo se espalhou muito rapidamente, segundo al-Mukhtar.
Além disso, uma fonte não identificada de dentro do Ministério disse à BBC que 19 das crianças e mulheres que sobreviveram precisam de tratamento para queimaduras e inalação de fumaça.
‘Um segundo’
As famílias das vítimas se reuniram em frente ao hospital Yarmouk na manhã desta quarta-feira. Entre eles estava Shaimaa Hassan, de 36 anos, que perdeu o filho que nascera havia apenas dois dias.
“Eu esperei tanto para ter este bebê e, quando finalmente o tive, levou apenas um segundo para perdê-lo”, disse Hassan à agência de notícias Associated Press.
Ela estava visitando o filho junto com o marido quando o incêndio começou.
“As pessoas começaram a gritar ‘fogo, fogo’ e a correr”, contou.
O casal então foi na direção do quarto onde o filho estava internado mas não conseguiu chegar por causa da fumaça.