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“Adotei 5 se pudesse adotaria 10”, diz pai que retirou 5 irmãos de abrigo

Da redação com Só Notícia Boa

Os irmãos Pedro, Daniel, João, Alexandre e Leonardo - Foto/Divulgação
Os irmãos Pedro, Daniel, João, Alexandre e Leonardo – Foto/Divulgação

Perto do dia das mães, as homenagens são para um pai solo, que adotou 5 irmãos e não separou a família, que vivia em abrigos.

As adoções começaram em 2012 e último filho foi adotado na semana passada.

“Adotei 5. Se pudesse adotaria 10”, disse ao SóNotíciaBoa o enfermeiro Uanderson Barreto, de 38 anos, que mora em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro e é servidor público na Fundação Municipal de Saúde da prefeitura de Campos.

Os irmãos têm 19, 17, 16, 14 e 12 anos de idade.

“Comecei visitando o abrigo e conheci o João. Me habilitei junto ao Fórum e o adotei. Mas João tinha um irmão chamado Daniel que tem um retardo mental grave. Me senti muito mal de tê-lo deixado lá. Voltei e adotei ele também”.

Aí Uanderson soube que a família era maior.

“Depois de uns meses recebi uma ligação de um outro abrigo [dizendo] que um dos irmãos dos meninos estava fazendo aniversário e se eu podia ir até lá pra eles se encontrarem. Fui e me sensibilizei muito por ele estar lá sozinho. Também dei entrada na adoção dele [Alexandre] e o trouxe pra casa”.

Uanderson e os filhos - Foto/Divulgação
Uanderson e os filhos – Foto/Divulgação

Alexandre, o terceiro filho, se juntou à família em abril, mas ainda faltava gente…

“No Natal seguinte fui ao acolhimento, trouxe o Pedro para ficar na minha casa. Ele gostou e ficou. Aí tinha deixado Leonardo no acolhimento. Há uma semana a adoção dele aconteceu e eu busquei o Leonardo também. Hoje formamos a família mais feliz do mundo”, comemorou.

Perguntado por que os cinco meninos estavam em abrigos, Uanderson respondeu: “por negligência dos pais [biológicos]”.

Vida apertada, mas feliz

O pai solo vive com os 5 filhos em uma casa alugada, de 2 quartos, em Campos dos Goytacazes.

Uanderson sustenta a família toda com o salário que recebe como servidor.

“A gente não vive uma vida de folga, de luxo. A gente vive um pouco apertado, mas dá pra gente viver”, conta.

Ele tem ajuda da mãe dele, nos afazeres da casa e dos garotos também, que participam.

“São participativos, ajudam na rotina da casa. Cada um tem uma tarefa, uma função.. são meninos muito bons”, afirma o pai solo, que também paga os estudos dos rapazes.

“Três estudam em escola paga. Um em escola regular do estado, por ser portador de necessidades especiais. É uma escola que abrange as necessidades dele”, diz.

Motivo das adoções

Uanderson conta que o fato de ter adotado os 5 irmãos não tem relação com a religião dele, que é Adventista do 7º dia.

Ele diz que escolheu os filhos maiores exatamente porque as pessoas preferem crianças pequenas para adoção.

“Sempre soube que minha família ia ser de filhos adotivos, maiores e meninos, que tinham dificuldade de adoção. Eu sempre soube que sofriam por serem preteridos”.

“Eu queria ser pai e que esse projeto fosse individual meu, eu não queria relacionamentos. Eu queria ser pai solteiro e o fato de os meninos serem irmãos propiciou essa vontade de não separa-los, de trazê-los”, concluiu.

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