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Conheça as principais características da síndrome de borderline

Da redação com Tua Saúde
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A Síndrome de Borderline, também chamada de transtorno de personalidade limítrofe, é caracterizada pelas mudanças súbitas de humor, medo de ser abandonado pelos amigos e comportamentos impulsivos, como gastar dinheiro descontroladamente ou comer compulsivamente, por exemplo.

Geralmente, as pessoas com Síndrome de Borderline têm momentos em que estão estáveis, que alternam com surtos psicóticos, manifestando comportamentos descontrolados. Esses sintomas começam a se manifestar na adolescência e se tornam mais frequentes no início da vida adulta.

Por vezes, esta síndrome é confundida com doenças como esquizofrenia ou doença bipolar, mas a duração e intensidade das emoções é diferente, sendo fundamental ser avaliado por um psiquiatra para saber o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.

Síndrome de Borderline - O que é e principais características
Imagem ilustrativa

Características da Síndrome de Borderline

As características mais comuns das pessoas que têm a Síndrome de Borderline são:

  • Alterações do humor ao longo do dia, variando entre momentos de euforia e de profunda tristeza;
  • Sentimentos de raiva, desespero e pânico;
  • Irritabilidade e ansiedade que pode provocar agressividade;
  • Dificuldade em controlar as emoções, podendo variar de tristeza extrema a episódios de euforia;
  • Medo de ser abandonado por amigos e familiares;
  • Instabilidade nas relações, podendo causar distanciamento;
  • Impulsividade e dependência por jogos, gasto de dinheiro descontrolado, consumo exagerado de comida, uso de substâncias e, em alguns casos, não cumprindo regras ou leis;
  • Baixa autoestima;
  • Insegurança em si próprio e nos outros;
  • Dificuldade em aceitar críticas;
  • Sensação de solidão e de vazio interior.

Os portadores deste transtorno têm medo que as as emoções fujam do seu controle, demonstrando tendência para se tornarem irracionais em situações de maior estresse e criando uma grande dependência dos outros para conseguirem estar estáveis.

Em alguns casos mais graves, pode ocorrer automutilação e até suicídio, devido à enorme sensação de mal-estar interior.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico deste transtorno é feito através da descrição do comportamento relatado pelo paciente e observadas por um psicólogo ou psiquiatra.

Além disso, é importante fazer exames fisiológicos, como hemograma e sorologia, para a exclusão de outras doenças, pois as suas características são semelhantes a outras doenças, como depressão ou esquizofrenia, por exemplo.

Causas e consequências da Síndrome de Borderline

O transtorno de personalidade limítrofe​ pode ocorrer devido à predisposição genética, quando pelo menos um parente próximo apresenta este distúrbio, ou a alterações no cérebro, principalmente nas áreas do cérebro responsáveis pelo controle dos impulsos e das emoções. No entanto, experiências emocionais fortes enquanto criança, como enfrentar uma doença ou morte e situações de abuso sexual ou de negligência podem levar ao desenvolvimento desta síndrome.

A Síndrome de Borderline pode levar à perda de laços familiares e de amizade, o que gera solidão, além de dificuldades financeiras e de manter o emprego. Todos esses fatores associados às variações de humor podem levar à tentativa de suicídio.

Tratamento da Síndrome de Borderline

O tratamento do Síndrome de Borderline é realizado com o uso de medicamentos anti-depressivos, estabilizadores de humor e calmantes indicados pelo psiquiatra.

Além do tratamento com remédios, é necessário manter acompanhamento psicológico para realizar psicoterapia e ajudar a pessoa a controlar suas emoções negativas, como saber enfrentar momentos de maior estresse.

A depender dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, o terapeuta pode estabelecer o tipo de terapia a ser empregada no tratamento, podendo ser comportamental dialética, que é geralmente usada com aquelas pessoas que tentaram suicídio, cognitivo comportamental, familiar ou psicoterapia individual. A terapia pode durar de meses a anos, depende do paciente.

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