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Festa com dinheiro alheio

Durante interrogatório, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) admitiu ao juiz federal Marcelo Bretas ter movimentado R$ 500 milhões em doações eleitorais e utilizado para uso pessoal cerca de R$ 20 milhões. “Eu não soube me conter diante de tanto poder e de tanta força política. E, de maneira vaidosa, quis fazer prefeitos, vereadores, usar recursos”.

Cabral disse que se perdeu na promiscuidade de doações. “A promiscuidade foi muito grande e foi nessa promiscuidade que me perdi. Usei dinheiro de campanha para fins pessoais”.

O ex-governador negou que tenha feito pedidos de propinas a empresários.” Eu nunca pedi a um empresário que incluísse um percentual qualquer em nenhuma obra ou serviço do meu governo. Garanto isso ao senhor, falo em nome dos meus filhos e do neto que conheci essa semana”.

Nesse processo Cabral é acusado de lavar e ocultar dinheiro no exterior.  Junto com ele também são réus o ex-secretário estadual Wilson Carlos e dois de seus ex-assessores, Carlos Miranda e Sérgio de Castro Oliveira, além dos doleiros Renato e Marcelo Chebar. O Ministério Público Federal (MPF) acusa todos de ocultar e lavar R$ 40 milhões e quase R$ 10 milhões em joias.

Quando questionado por Bretas se teria interesse de ressarcir os cofres públicos, Cabral disse que sim.

Sérgio Cabral está preso desde 17 de novembro de 2016. O ex-governador é réu em 20 processos, condenado em cinco, tendo uma pena superior a cem anos de prisão.

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