A Justiça liberou o comerciante preso por assédio e ato libidinoso em Cuiabá para aguardar as conclusões da investigação em liberdade.
O magistrado entendeu na audiência de custódia que ele é réu primário, não representa ameaça a vítima e tem residência fixa, por isso não converteu a prisão em flagrante em provisória.
Vale lembrar que uma outra mulher denunciou o suspeito em 2010 por assédio e estupro. Mas o caso ainda não foi julgado, por isso ele é considerado réu primário.
O caso esta sendo investigado pela Delegacia dos Direitos das Mulheres. Uma jovem de 18 anos procurou a policia depois que foi até uma loja para uma entrevista de emprego.
O suspeito a levou até uma sala reservada. De acordo com o boletim de ocorrência, em determinado momento ele pediu para que ela colocasse o uniforme da empresa, queria ver como ficaria a aparência dela.
Após se trocar no vestiário, a vítima voltou e as investidas do comerciante foram maiores. Primeiro elogiou a beleza dela, depois pediu para que ela levantasse a blusa para que ele pudesse ver as tatuagens.
Diante da negativa, ele se aproximou, pegou a cintura e empurrou a vítima até uma mesa. Chorando, ela conseguiu escapar da investida e saiu da loja correndo.
“Eu não sabia o que fazer, fiquei perdida, apavorada”, contou a jovem no depoimento. Ela chamou um carro por aplicativo e o motorista percebeu o nervosismo dela, perguntou se ela estava bem e a vítima contou o que tinha acontecido.
O motorista levou a moça até a delegacia por iniciativa própria e com o registro da ocorrência o suspeito foi preso em flagrante, mas não ficou muito tempo na cela até ser liberado pela Justiça.
Mesmo com a decisão, o inquérito segue tramitando na Delegacia das Mulheres.