A Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT) disse que já iniciou os procedimentos visando a reforma do prédio da Escola Professora Amélia de Oliveira Silva, no Parque Universitário, mas ainda não tem previsão de quando a obra será iniciada. Em reunião realizada na terça-feira (7), o Conselho Deliberativo condicionou o retorno das atividades presenciais em sistema híbrido à realização da reforma.
Nesta semana o portal AGORA MT revelou que desde janeiro deste ano a Seduc-MT tem em mãos um relatório técnico apontando risco de desabamento do prédio. O problema é causado por rachaduras que atravessam paredes de um pavilhão inteiro. O relatório também registra o rebaixamento do piso, armações metálicas expostas e alerta que a situação põe em risco a vida de alunos e servidores.
Em resposta enviada ontem (8) ao AGORA MT, a assessoria da Secretaria de Educação confirmou que tem conhecimento da situação. Conforme eles, foi orientada a interdição das áreas afetadas e tomadas outras medidas.
“O projeto para a cozinha e sala de professores está em elaboração de projeto para licitação. Não tem previsão de quando será feita essa licitação e início da obra”, informou a nota.
CONDIÇÃO
A diretora da escola, Vânia Maria dos Santos, disse que o assunto está sendo discutido com a Seduc-MT por intermédio dos assessores pedagógicos do Departamento Regional de Educação em Rondonópolis.
“A Seduc disse que está tomando providências, mas adiantou que o processo de licitação é muito longo e que a reforma pode demorar meses, até um ano. Eles vão direcionar a escola para um processo de resolução urgente da problemática”, disse Vânia.
As medidas de ‘resolução’ devem ser detalhadas nas próximas semanas, mas já há uma decisão do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar (CDCD) de não aceitar o retorno de atividades presenciais enquanto houver risco à segurança.
A decisão foi tomada na reunião realizada por videoconferência na terça-feira à noite com representantes de pais, professores, alunos, técnicos e equipe de apoio.
“O CDCE claramente verificou que neste momento a escola está muito vulnerável para receber ou aumentar a circulação de pessoas. Estamos estudando as possibilidades. A Seduc está em contato com as assessoras da unidade e acreditamos que o problema seja solucionado para garantir o retorno das atividades escolares”, disse Vânia dos Santos.