A deputada federal Rosa Neide (PT) criticou a defesa feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), pelo chamado voto impresso auditável. Bolsonaro tem dado reiteradas declarações alegando que a urna eletrônica é suscetível a fraudes.
Na prática, o mecanismo determina que os votos registrados nas urnas eletrônicas sejam impressos em cédulas de papel. E que, após conferidos pelos eleitores, sem contato manual, sejam automaticamente depositados em urnas lacradas para fins de auditoria.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela organização das votações brasileiras, refuta as acusações de vulnerabilidade do sistema eletrônico.
“Vejo com muita preocupação esse momento. Estamos vivendo um momento difícil a cada dia, em razão dos transtornos cometidos pelo presidente”, disse a parlamentar, em pronunciamento na Câmara dos Deputados.
“Em plena pandemia, com 557 mil pessoas que perderam a vida, vemos o presidente levando pânico à população, dizendo que nossas urnas – defendidas pelo mundo inteiro para que eleições sejam limpas e justas – não são seguras”, emendou ela.
Rosa Neide citou a ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral.
“O próprio presidente da República está tendo que responder criminalmente frente à justiça brasileira por espalhar fake news. Ele diz que a urna não é segura e ele mesmo vem a público afirmar que não tem nenhuma comprovação do que fala. Por isso é necessária a ação do TSE e do Supremo para frear o presidente”, argumentou.
“O Senado, com a CPI da Covid, e o Judiciário estão buscando frear as loucuras do presidente, mas na Câmara temos uma pauta que não dialoga com as necessidades de nosso País. É vergonha a atual situação”, concluiu a petista.