O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, neste domingo (31), que, no encontro do G20, ficou acertada a ampliação do acesso a vacinas, sobretudo aos países mais pobres, e informou que a meta, para este ano, é ter 40% da população vacinada no mundo com a primeira dose.
Queiroga acompanha o presidente Jair Bolsonaro na reunião do G20 em Roma, na Itália. Para o ano que vem, a meta é ainda mais agressiva: o G20 planeja que, até junho de 2022, 70% da população mundial esteja vacinada com ao menos uma dose da vacina contra a doença.
“É um compromisso dos líderes das 20 maiores economias do mundo e nós entendemos que é uma meta factível. A iniciativa Covax Facility, liderada pela OMS, planejava distribuir 2 bilhões de doses em 2021. Até o momento, distribuiu cerca de 400 milhões, mostrando que é um grande desafio”, explicou.
O ministro disse ainda que o Brasil tem uma participação política forte no grupo G20 quando o assunto é vacina. “O Brasil produz vacinas, a Fiocruz tem condições de produzir vacinas com IFA nacional. Estamos estruturados para, no ano de 2022, produzir cerca de 40 milhões de doses de vacinas todos os meses. E o Brasil, de importador pode se tornar exportador de vacinas”, acrescentou.
Queiroga também comentou as decisões do governo do Distrito Federal e da cidade do Rio de Janeiro de desobrigar o uso de máscara de proteção contra a Covid-19 ao ar livre. É importante frisar que a decisão de liberar o uso de máscara é de estados e municípios.
O gestor, porém, advertiu que essas localidades só liberaram o uso do equipamento de proteção contra a doença porque conhecem de perto a realidade de disseminação do vírus, bem como o ritmo de internações e mortes.
“São estados e municípios que estão mais próximos da população e conhecem o ambiente epidemiológico mais de perto. Então, quando assistimos a uma cidade do Rio de Janeiro ou o Distrito Federal flexibilizarem, isso é sinal de que temos um conforto epidemiológico maior e que o uso de máscara ao ar livre fica não mais necessário”, disse.
Queiroga completou dizendo que o governo é “contra essas leis para impor o uso de máscara” porque a prevenção tem que partir da conscientização do cidadão.
“Achamos que essas leis não têm efetividade e o melhor é a conscientização. O cuidado é individual, o benefício é de todos. Estamos no caminho certo, vacinamos a nossa população, e estamos trabalhando para que a economia volte a crescer fortemente. […] A gente tem que conciliar saúde, economia e liberdades”, afirmou.