A Prefeitura de Rondonópolis quitou ontem (25) os pagamentos das empresas contratadas para a prestação de serviços terceirizados no município. A informação foi dada pelo líder do prefeito na Câmara Reginaldo Santos e confirmada pela assessoria de comunicação.
“As 9 notas pendentes, que foram protocoladas no último sábado, foram 100% quitadas. Com isso deveremos regularizar também a situação dos trabalhadores que estavam com os salários atrasados”, disse Reginaldo.
Os pagamentos foram feitos para duas empresas e uma cooperativa que fornecem trabalhadores para várias secretarias do município. Elas reclamavam os pagamentos referentes aos meses de julho e agosto.
Segundo a Prefeitura a demora na quitação ocorreu por causas de problemas em notas fiscais e outros documentos pelas contratadas.
PROTESTO
O pagamento dos terceirizados cumpre um acordo firmado na quarta-feira (24) com os vereadores, que chegaram a ameaçar trancar a pauta de votação por causa do atraso salarial.
O protesto teve o apoio até de parlamentares da base de apoio ao prefeito. “Hoje tem trabalhador terceirizado precisando fazer cotinha para comprar alimento”, denunciou Batista da Coder (SD).
“Sou da base do prefeito, mas temos de parar com bláblá-bla. Tem trabalhdor há três meses sem receber. Estamos dispostos a votar os projetos com seriedade e compromisso, mas também queremos seriedade e compromisso dos secretários”, afirmou Ozeas Reis (PP), apoiar a suspensão da votação de projetos do Executivo na Casa.
Os vereadores Júnior Mendonça (PT), Kalynka Meireles (Podemos), Paulo Schuh (DC) e Subtenente Guinâncio (PSDB) também criticaram o atraso e atribuíram o problema à conduta da Prefeitura.
“Essas contratadas também oferecem serviços de terceirização para várias outras empresas e instituições, inclusive a Câmara Municipal. E só os trabalhadores que atuam para a Prefeitura estão enfrentando esse atraso salarial. Não podemos admitir isso. Salário é dignidade. Ou será que voltamos ao tempo da escravidão?”, indagou Kalynkca Meireles.
Os protestos chegaram a causar a interrupção da sessão ordinária por duas vezes. As votações só foram retomadas após secretários municipais explicarem a urgência dos projetos em pauta e garantirem a que a regularização dos pagamentos ocorreria ainda nesta semana.