Poderia não ser, mas são… Passamos meses sendo gestados na barriga de nossas mães, chega o tempo previsto para o nascimento, perdemos o útero quentinho, seguro, onde o alimento nos chega sem nenhum esforço através do cordão umbilical e somos levados e “obrigados” a nos esforçar para ter esse alimento. Seja sugando o peito da mãe ou sugando algo mais fácil que é o bico de uma mamadeira.
Com o passar do tempo vamos perdendo o contato constante do colo, nascem dentinhos, e descobrimos coisas novas todos os dias.
São perdas que acontecem a todo momento, mas perdas necessárias. Os dentinhos de leite, dão lugar aos dentes permanentes, pois precisam comer alimentos sólidos e mais duros, então estes. São perdas necessárias.
Perdemos com o passar dos anos os movimentos desengonçados, sem coordenação e ganhamos equilíbrio.
Perdemos o balbuciar tão fofo quando criancinhas para ganharmos palavras completas, frases até chegar numa conversação de horas.
E assim é a vida, seguimos perdendo, mas perdendo para ganhar. Parece que às vezes nos esquecemos do treinamento que tivemos quando crianças, adolescência, juventude de que as perdas são necessárias.
Passamos por frustrações e são frustrações necessárias que irão nos proporcionar o amadurecimento da vida.
As perdas são necessárias para dar lugar ao novo, esquecemos que as primeiras perdas do inicio da vida não são opcionais, elas existem e pronto. As vermos como um acontecimento necessário, porém, quando vamos aprendendo que podemos escolher que nossas vontades podem ser atendidas já não fica tão fácil aceitar as perdas mesmo que seja para ganhar.
Aceitar que vivemos num mundo de escolhas, que ao escolhermos A, excluímos todas as outras opções… que hora ganhamos e que hora perdemos e que isso faz parte da vida.
E você escolhe viver bem ou não, só depende de você.
E seguimos assim, ressignificando cada momento, para que ao final tenhamos a alegria de comemorar as vitorias que a vida nos proporciona.