Os estoques de combustíveis em alguns postos de abastecimento em Rondonópolis já estão acabando, e caso os protestos dos caminhoneiros nas rodovias federais do estado de Mato Grosso (MT) continuem, amanhã (25) poderá não haver mais combustíveis. Os protestos dos caminhoneiros estão refletindo nas transportadoras de óleo diesel de todo o estado. Algumas distribuidoras de óleo na região Norte de MT também já estão sendo afetadas. As informações são de acordo com a assessoria do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo MT).
A situação está prejudicando principalmente a agricultura, pois, o óleo diesel é o principal combustível utilizado por produtores rurais para abastecer caminhões e máquinas agrícolas nas lavouras. O bloqueio também está impedindo que os caminhões com cargas cheguem ao destino final e atrapalhe, principalmente, o escoamento da produção agrícola.
O trecho da BR – 163 em Rondonópolis permanece bloqueado. Os manifestantes que interditam rodovias em todo o país bloquearam mais um ponto na BR-163 em Mato Grosso na manhã desta terça-feira (24), no km 845, em Sinop. Além de Rondonópolis as interdições atingem cinco municípios por onde a rodovia atravessa: Cuiabá no km 397 (km 306 da bR-364), Nova Mutum no km 593, Lucas do Rio Verde no km 686, Sorriso no km 745 e desde às 7h01 em Sinop, km 845.
A situação se agrava porque os caminhões que transportam combustíveis têm nove eixos, que somente podem trafegar pelas rodovias entre às 6h e 18h, o que torna a viagem ainda mais lenta e dependente da liberação temporária dos manifestantes durante o dia. Isso impede que os caminhões com os combustíveis cheguem até a base de distribuição.
PRIMAVERA DO LESTE
Os caminhoneiros também aderiram ao protesto no município de Primavera do Leste (126 km de Rondonópolis) na manhã desta terça-feira (24). O bloqueio foi feito sentido Cuiabá a Barra do Garças.
Somente carros de passeio, cargas vivas e ambulâncias podem passar livremente.
MOTIVO DO PROTESTO
Segundo o setor, o principal motivo do protesto é a queda de cerca de 25% no preço pago pelo frete. Além disso, os caminhoneiros reivindicam a redução da alíquota do ICMS sobre o óleo diesel, de 17% para 12% no estado.