Segundo psicólogos, o que muitas pessoas pensam ser amor, na verdade é uma doença. Dentro das classificações psiquiátricas, ela se insere nos chamados Transtornos Impulsivos do Comportamento – junto com o vício no jogo, nas compras, na comida. Nos meios médicos, é chamado de Amor Patológico – e tem sido cada vez mais reconhecido como doença.
Quem sofre do Amor Patológico não consegue ter um relacionamento amoroso saudável. Seu foco obsessivo é o parceiro, a relação. Aceita um relacionamento destrutivo, tolera humilhações e sofre com a falta de atenção do ser amado – real ou imaginária. Reage de forma desesperada à rejeição e tem necessidade de controle do outro – mesmo quando este já virou ex. Às vezes por toda a vida.
E é esta ação desesperada que leva ao grande número de homicídios e tentativas por motivos passionais em Rondonópolis. De acordo com o major Sandro Barbosa este número chega a mais de 30% do total dos crimes na cidade.
Nos dois primeiros meses deste ano, segundo o Major, houveram 26 tentativas e 19 homicídios na cidade e um terço destas ocorrências foram geradas por motivos amorosos. “Na maioria das vezes este tipo de crime também está relacionado ao tráfico de drogas e por isso eles querem manter o poder total de outra pessoa” afirmou ele.
Ele afirmou ainda que este crime tem acontecido cada vez mais entre os jovens que disputam as namoradas e por isso, é importante que os adolescentes conheçam com quem estão saindo e o grupo em que andam.
Um dos casos que chocou a cidade e foi julgado este ano foi de Paulo Henrique Cabral que foi condenado há 30 anos prisão por ter matado a ex-namorada Crisa Renata, a mãe dela Mariluce Carvalho e o padrasto Lucas Valeriano em um restaurante em plena luz do dia. Ele estava inconformado com o fim do relacionamento.
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