Agora MT Esportes Cielo e Nicholas avançam nos 50m borboleta, depois de 'dança das cadeiras'
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Cielo e Nicholas avançam nos 50m borboleta, depois de ‘dança das cadeiras’

Fonte: Da redação com Globo esporte

Nunca pareceu tão longo o caminho da piscina de aquecimento até a de competição. Foi o que disse Cesar Cielo logo após a sua estreia no Mundial de esportes aquáticos de Barcelona, deste domingo. Depois da “maratona” até a largada, o campeão olímpico e Nicholas Santos nadaram o suficiente nas eliminatórias dos 50m borboleta para quebrar o gelo e se classificar para as semifinais, com o oitavo (23s32) e o 11º (23s45) tempos. A melhor marca das eliminatórias foi do sul-africano Roland Schoeman, com 23s02. A disputa por vaga na decisão será ainda neste domingo, a partir das 13h.
Cesar Cielo, atual campeão mundial dos 50m borboleta, participou da sexta série das eliminatórias. O brasileiro ficou em segundo com 23s32. A prova foi vencida pelo espanhol Rafael Muñoz, recordista mundial da prova (22s43), com o tempo de 23s17.
– Foi mais para quebrar o gelo da competição e para aprender o processo do caminho da prova. Coloquei a touca e ainda faltavam uns 15 minutos para eu nadar. Tinha uma salinha, depois outra salinha, que foi para outra salinha… Não parava mais de mudar de lugar. Então, foi mais para conhecer todo esse processo. À tarde, vou vir com um pouquinho mais de tranquilidade. Mas para eliminatória está bom. Entrar para a semifinal era o objetivo. Agora, tenho que nadar direito para entrar na final e para deixar uma boa marca na cabeça dos adversários também – disse Cesar Cielo.

O campeão mundial da prova em 2011, que passou por uma cirurgia nos dois joelhos no ano passado, considerou não ter feito uma boa largada neste domingo pela manhã. Seu tempo de reação foi de 0s68 contra 0s41 do espanhol Rafael Muñoz, que venceu a bateria.

– Não foi uma saída muito boa. Estava muito barulhento, porque eu estava na série do espanhol. Mas nas semifinais vai ser bem diferente. Vão ter alguns fazendo 22s. Vamos ver se eu consigo ser um deles – completou.
Logo em seguida, Nicholas Santos também caiu na água e marcou 23s45, sendo o terceiro na sua série. O tempo estava dentro dos planos do brasileiro, que é considerado uma das forças desta prova e tem chances de lutar por medalha.
– O objetivo era passar. Nadei no tempo que eu queria, que era 23s4. Mas alguns nadadores nadaram um pouco mais rápido do que a gente estava planejando e fizeram 23s baixo, o que é muito forte para uma eliminatória. Agora para a semifinal vou me raspar e colocar uma bermuda nova para melhorar o tempo. Vamos ver o que sai – disse Nicholas Santos.

Felipe Lima e João Júnior também garantem vagas nos 100m peito

O Brasil também teve uma boa estreia nos 100m peito. Com o melhor tempo de sua carreira (1m00s06), Felipe Lima terminou em segundo lugar em sua série nas eliminatórias e avançou para as semifinais em oitavo lugar. O melhor no geral foi o australiano Christian Sprenger, que completou a prova em 59s53.
– Cair na água e fazer o melhor tempo da vida de primeira é muito bacana para começar o Mundial. Agora é focar na semifinal. É outra prova, é totalmente diferente. Estou muito perto dos 59s. Tenho batido na trave. Estou me sentindo muito bem. Espero fazer uma boa marca na semifinal – disse Felipe Lima.
Pouco depois, João Gomes Junior marcou 1m00s24 e também conseguiu se classificar com o 13º tempo entre os 16 semifinalistas. Ele acredita que consegue melhorar o tempo para brigar por uma vaga entre os oito finalistas.
– Dá para melhor ainda. Foi para quebrar o gelo. Eliminatórias não consegue dar tudo. Foi nadar com um jeitinho para se classificar – disse João Júnior.

Daynara de Paula se classifica. Joanna Maranhão fica fora

Daynara de Paula foi a primeira brasileira a cair na água neste domingo. Nas eliminatórias dos 100m borboleta, ela fez o tempo de 59s16, sua melhor marca nesta temporada. A nadadora, de 23 anos, conseguiu se classificar para as semifinais com o 15º tempo entre as 53 competidoras. O melhor tempo das eliminatórias foi da americana Dana Vollmer, ouro nas Olimpíadas de Londres, com 57s22.
– Não gostei (do meu tempo). Já fiz menos que isso aqui em Barcelona. Mas fiquei muito nervosa mesmo para a prova. Acho que na semifinal não vou estar tão nervosa. Já passou a tensão. Dá para melhorar bastante o tempo e tentar pegar uma final. Já usei a minha sorte. Agora, é nadar para 58s para tentar classificar – disse Daynara, que nas Olimpíadas de Pequim terminou na 34ª posição e em Londres ficou com o 33º tempo nos 100m borboleta.
Depois foi a vez de Joanna Maranhão. Ela disputou a prova dos 200m medley. Aos 26 anos, a brasileira terminou as eliminatórias apenas em 26º lugar com o tempo de 2m15s00, ficando acima do seu melhor tempo nesta temporada (2m14s09). Com isso, Joanna Maranhão não conseguiu uma vaga entre as 16 nadadoras que se classificaram para as semifinais. A melhor marca das eliminatórias foi da húngura Katinka Hosszu com 2m08s45.
– Eu me senti bem. Até achei que estava nadando para um bom tempo. Mas não foi o que aconteceu. Agora é ver onde errei com os técnicos e acertar para as próximas provas – disse Joanna, que ainda vai nadar os 400m medley e os 200m borboleta em Barcelona.
Na estreia em Mundiais, Carolina Queiroz não vai bem nos 400m livre
Nos 400m livre, a brasileira Carolina Queiroz fez um tempo alto – 4m21s40 -, bem longe da sua melhor marca na carreira, que é 4m14s99. Com isso, a nadadora que acabou de completar 18 anos ficou em 29º lugar no geral e não conseguiu a vaga na semifinal. O melhor tempo do dia ficou com a americana Katie Ledecky com 4m03s05.
– Eu não me senti muito bem. Comecei bem os 200m, mas depois cai de rendimento. É o meu primeiro Mundial. Serviu mais para quebrar o gelo – disse.

 

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