Em julho de 2016, o preço pago ao produtor de leite registrou valor recorde e fechou a R$ 1,18 litro, aumento de 5,9% em relação a junho /16, e de 39,2% no comparativo anual a preços nominais. As informações foram divulgadas pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Mais uma vez, o principal motivo para o reajuste na matéria-prima é a baixa oferta de leite no campo, tendo em vista o período de entressafra. Com a menor oferta de leite, os preços dos derivados no atacado também aumentaram, com destaque para o leite UHT e o queijo muçarela, que subiram 23,3% e 7,7% em jul/16, respectivamente.
Desta forma, com a reação nos preços dos derivados, as indústrias puderam repassar parte desses aumentos aos produtores, que têm sofrido com os altos custos de produção que, pouco a pouco, inviabiliza e cada vez mais retira o produtor da atividade. Por outro lado, os agentes de mercado vêm sinalizando estagnação na demanda, por causa do cenário econômico, fator que pode amortecer mais aumentos no preço do leite.