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Casa é totalmente destruída com tempestade de vento no RS

Da redação com G1

O Norte do Rio Grande do Sul está entre as regiões mais afetadas pelo temporal e ventania que atingiram o estado entre a noite de segunda-feira (11) e a madrugada de terça-feira (12). Um morador da cidade de Água Santa conta os momentos de terror que enfrentou. Os ventos de mais de 100 km/h deixaram um rastro de destruição em 24 cidades gaúchas, matando duas pessoas.

Ventos passaram dos 100 km durante o temporal que atingiu diversas regiões - Foto: Reprodução/RBS TV
Ventos passaram dos 100 km durante o temporal que atingiu diversas regiões – Foto: Reprodução/RBS TV

“Estava deitado eu e a minha esposa. Daí eu disse: ‘vamos levantar, vamos para baixo, no porão que é mais seguro’. Mas em questão de um minuto, não deu tempo. Eu me agarrei em uma parede até passar um pouco. Aí começou a sofá virar para um lado, cama para cá, e depois conseguimos descer”, conta o agricultor Elton Lorezon.

Os poucos minutos foram suficientes para derrubar árvores, galpões, casas, arrastar carros e até máquinas agrícolas. Cinquenta propriedades rurais ficaram arrasadas.

Após o temporal, o sentimento era de tristeza e choque pela destruição provocada pela ventania.

“Agora vamos ver o que dá para fazer. Pelo amor do céu e da terra. Olha as moradas (moradias). Olha o mato lá, arrancou tudo. Agora é recomeçar. Não vai ser fácil”, lamentava o agricultor Neuri Lorenzon.

A Prefeitura de Água Santa estima prejuízos de R$ 10 milhões com a destruição de casas e galpões. A cidade decretou situação de emergência.

As mortes foram registradas nas cidades de Ciríaco e em Sarandi. Um dos mortos foi identificado como José Alves Nunes de 53 anos. Sua casa foi completamente destruída. Ele foi encontrado por vizinhos e levado para receber atendimento médico, mas não resistiu.

Em Sarandi, a vítima era uma mulher de 70 anos, que morreu em decorrência do desabamento de sua casa. Ela era cadeirante e não conseguiu sair a tempo.

Serra, Norte e Centro são regiões mais afetadas
De acordo com o boltim divulgado pela Defesa Civil na noite de terça, subiu de 984 para 2.630 casas danificadas pelo temporal. Chuva e ventos intensos, além de granizo, causaram os estragos.

Ao menos 24 cidades foram atingidas. Além disso, 10 pessoas estão desabrigadas (em ginásios ou escolas da cidade) e outras 22 estão desalojadas (em casas de parentes ou amigos).

Ainda de acordo com informativo, as principais ocorrências se referem a quedas de árvores e postes, falta de energia elétrica e destelhamentos. A maioria delas está concentrada na Região Norte.

Falta de luz
Segundo as concessionárias RGE e RGE Sul, cerca de 49 mil clientes seguem sem energia elétrica na manhã desta quarta-feira (13).

Na área de concessão da RGE, as regiões mais atingidas até a noite de terça-feira eram a Serra e o Vale do Paranhana. Com os temporais, municípios das regiões Norte e Noroeste do Estado, como Passo Fundo, Sarandi, Palmeira das Missões e Santa Rosa, também foram afetados.

Já na área de distribuição da RGE Sul, as cidades mais afetadas estão espalhadas entre as regiões Metropolitana, Central e vales do Rio Pardo e Taquari.

Na área da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), há apenas registros pontuais de falta de luz.

Doações aos atingidos
No fim da manhã de terça, o governador do estado convocou uma reunião com representantes das secretarias das áreas mais afetadas pelo temporal para reforçar a estratégia de ação e atender quem precisa de ajuda.

José Ivo Sartori (MDB) disse que Defesa Civil, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros estavam preparados para socorrer as regiões atingidas pelo temporal, inclusive com a distribuição prévia de lonas. No entanto, ele destacou que os problemas foram maiores do que o esperado.

Como os estoques da Campanha do Agasalho ainda estão muito baixos, a Defesa Civil faz um apelo pedindo doações às famílias afetadas.

“Só o governo e os municípios sozinhos, sem a solidariedade das pessoas, não venceremos as dificuldades que estão aí”, disse o governador.

As doações podem ser entregues na sede da Defesa Civil de cada município. Roupas, calçados, cobertores, colchões, produtos de higiene pessoal, alimentos não perecíveis e água são os itens prioritário.

“Com a chuva que veio junto com vendaval molharam todas as roupas e destruíram alimentos. Para isso eu gostaria de fazer um apelo, como já também referiu o governador. Nós estamos em plena Campanha do Agasalho, e a solidariedade do povo gaúcho, que já foi demostrada em várias oportunidades, nesse momento vai ser muito importante”, completou o coronel Alexandre Martins de Lima, coordenador da Defesa Civil Estadual.

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