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Copa do Brasil começa usar o recurso de árbitro de vídeo nesta quarta-feira

Da redação com G1

Começa nesta quarta feira a era VAR em competições nacionais- Foto/GloboEsporte
Começa nesta quarta feira a era VAR em competições nacionais- Foto/GloboEsporte

Começa nesta quarta-feira a “era VAR” no Brasil. O recurso do auxílio do árbitro de vídeo, que fez sucesso na Copa do Mundo, estará disponível nas quatro partidas das quartas de final da Copa do Brasil. O primeiro a contar com essa tecnologia será o jogo entre Santos e Cruzeiro, que começa mais cedo: às 19h30, na Vila Belmiro. Corinthians x Chapecoense (em SP) e Grêmio x Flamengo (no RS), ambos às 21h45, completam a rodada desta quarta. Bahia e Palmeiras se enfrentam quinta, às 19h15, em Salvador.

Vale lembrar que o VAR também estará disponível na Libertadores e na Sul-Americana, a partir das quartas de final. As oitavas, ainda sem esse recurso, começam na semana que vem (clique aqui para ver a tabela da Libertadores e aqui para a da Sul-Americana). As finais da Recopa, no ano que vem, também terão a tecnologia.

A participação do VAR se resume em quatro situações:

Gols
Pênaltis
Cartão vermelho direto
Erro de identificação de jogadores na aplicação de cartões

O VAR foi testado em jogos como Corinthians x Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro, na semana passada, mas sem que o recurso fosse aplicado na prática. A ideia era testar a tecnologia de vídeo dentro de um estádio. Clique aqui para ver como foi e veja abaixo a reportagem do Esporte Espetacular sobre o assunto:

Àrbitro de vídeo - Foto/Reprodução
Àrbitro de vídeo – Foto/Reprodução

A utilização do recurso nas 14 partidas restantes da Copa do Brasil terá um custo de R$ 700 mil – R$ 50 mil por jogo. Serão de 14 a 16 câmeras por jogo. Haverá salas para o VAR nos estádios e cabines de revisão no gramado. As salas terão quatro pessoas: árbitro de vídeo, assistente, operador e supervisor. E um assessor da CBF estará sempre nos jogos onde houver VAR.

O GloboEsporte.com traz aqui um tutorial para entender melhor o VAR, listando abaixo como e quando o recurso pode ser acionado e trazendo vídeos de exemplos da última Copa ou de lances do futebol brasileiro que poderiam ser modificados.

1. Situações de impedimento
1.1 – Gol em impedido claro

A equipe de arbitragem de campo não percebe um impedimento claro em um lance de gol. Antes do reinício do jogo, os árbitros de vídeo comunicam ao árbitro central o equívoco, e ele anula o gol. Não há necessidade de conferência do lance na tela à beira do campo.

1.2 – Gol em lance duvidoso de impedimento

Um jogador faz o gol em posição duvidosa de impedimento. O assistente não deverá levantar a bandeira até que a bola entre no gol, para não anular um possível gol legal. Posteriormente, levantará a bandeira caso ache que o atleta estava impedido na origem da jogada. O VAR deverá informar se o gol foi legal ou não. Não há necessidade de verificação à beira do campo.

1.3 – Dúvida na participação em um gol

Um jogador, em posição de impedimento, atrapalha o goleiro ou bloqueia um adversário. Como o lance envolve interpretação, o árbitro deve ser avisado e revisar as imagens à beira do campo para tomar a decisão final.

2. Situações de falta
Um jogador se aproveita de uma falta para fazer o gol: utiliza a mão, empurra um adversário ou tem movimento faltoso para recuperar a posse de bola. Cabe ao VAR alertar o árbitro, que deve ir à beira do campo, verificar as imagens e decidir se mantém ou não o gol.

3. Situações de saída da bola
A arbitragem não percebe a saída da bola pela linha lateral ou de fundo durante um ataque que resulta em gol – ou tem dúvida se ela saiu completamente. A orientação para os assistentes é a mesma do impedimento duvidoso: deixar o jogo seguir e informar a incerteza ao VAR. Ao checar, o VAR constata a irregularidade e comunica ao árbitro, que não precisa confirmar no monitor. Aqui também se encaixa outra situação, a de a arbitragem não perceber a saída completa da bola em um ataque anterior ao gol.

4. Situações de bola passando a linha do gol
Na Copa do Mundo, desde 2014, há o recurso do senhor na linha do gol, em que o árbitro recebe um aviso instantâneo sobre a bola (com chip) ter entrado ou não. Por aqui, caberá ao VAR avisar ao juiz de campo, nos mesmos moldes da saída pela linha lateral ou de fundo.

1. Pênalti claramente mal marcado
O VAR entrará em ação em caso de pênalti resultante de clara simulação. Quando comprovada, o pênalti será anulado, o jogo reiniciará com tiro livre indireto e será aplicado cartão amarelo ao jogador infrator. Outro exemplo seria um defensor atingir um companheiro, e o árbitro achar que o atingido foi um adversário, ou uma bola que claramente bateu no peito de um defensor, e o árbitro equivocadamente viu mão, ou ainda um desarme legal interpretado como falta. Em todas essas situações, o árbitro verificará as imagens à beira do campo antes de tomar a decisão final.

2. Pênalti claramente ignorado
Aqui a situação é inversa: um pênalti evidente ignorado pelo árbitro. Estão inclusos um agarrão claro (fora ou na disputa da bola), toque de mão claro, agressões de defensores, ou, se o árbitro marcar uma simulação de um atacante, e as imagens comprovarem claramente que, na verdade, a falta existiu. Nesses casos, o árbitro verificará as imagens antes de tomar a decisão.

3. Falta dentro ou fora da área
O árbitro dá como pênalti uma infração que foi fora da área – ou o contrário. Pelo ponto, é avisado pela equipe de vídeo do equívoco. Sem necessidade de conferência na tela, ele muda a decisão.

4. Falta anterior ao pênalti
A arbitragem marca pênalti, mas antes houve uma falta cometida pela equipe beneficiada pela marcação da penalidade. Neste caso, o VAR deve comunicar o árbitro, que precisa verificar a jogada no monitor e optar pela infração ocorrida antes.

5. Bola fora de campo antes do pênalti
Arbitragem marca pênalti em jogada na qual a bola, antes da infração, saiu pela linha lateral ou de fundo. Cabe ao VAR alertar o árbitro de campo sobre a situação. Neste caso, ele precisa cancelar o pênalti, assinalando lateral, escanteio ou tiro de meta. Não há necessidade de verificar no monitor à beira do campo.

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