Um relatório feito pelo Absenteísmo por Doença Professores (2015-2018), levantado pela Coordenadoria de Perícia Médica da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) apontou que 2.022 professores se licenciaram para tratamento de saúde no ano passado e, destes, 667 estavam com depressão e pânico.
Transtornos mentais e comportamentais, como depressão, ansiedade e síndrome do pânico, são os que mais afetam os professores da educação básica, que representa 33% dos laudos.
No caso dessas patologias, o número de casos aumentou de 2015 para 2018. Em 2015, 29,8% se referiam a transtornos dessa natureza.
Esses dados se referem aos registros de Licença para Tratamento de Saúde (LTS) no Sistema Estadual de Administração de Pessoal (Seap). Constam licenças de mais de três dias, englobando todas as doenças.
Com relação aos transtornos mentais e de comportamento, segundo os dados, os professores do ensino superior são os que mais sofrem com esses dois tipos de doença. O percentual de docentes licenciados para tratamento subiu de 30,8% dos casos, em 2015, para 35,2%, em 2018.
De acordo com especialistas, uma das razões do estresse excessivo e das síndromes comuns entre professores, por exemplo, é o fato de precisar lidar com pessoas diferentes, com muitas particularidades.
Na tentativa de reverter esse quadro dentro da educação pública e promover melhorias no ambiente de trabalho do servidor, a Seplag iniciou, em 2017, a implantação do Programa de Atenção à Saúde Mental.
O programa tem o objetivo de identificar os fatores, dentro do ambiente de trabalho, que possam provocar mal estar e sofrimento aos servidores. Assim, é possível desenvolver ações preventivas que possibilitem a redução dos casos de afastamento de funcionários.
A princípio, o projeto-piloto foi implantado nas secretarias estaduais de Planejamento e Gestão (Seplag), Segurança Pública (Sesp), Fazenda (Sefaz), Assistência Social e Cidadania (Setac) Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Controladoria Geral do Estado (CGE) e Polícia Judiciária Civil (PJC).
O programa é desenvolvido por uma equipe multiprofissional composta por psicólogo, assistente social e enfermeiro.