Presidente do DEM em Mato Grosso, o ex-deputado Fabio Garcia (DEM), lançou uma série de críticas ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) e sugeriu que ele estaria usando a pandemia como forma de se projetar politicamente para eleição de 2022.
Para tanto, o democrata citou um episódio ocorrido na última semana, envolvendo a vacinação contra a Covid-19, dos profissionais da segurança pública.
Segundo o presidente, o processo de imunização precisou ser adiado uma vez que a prefeitura de Cuiabá teria se recusado a transportar as doses das vacinas que seriam aplicadas nos profissionais.
“Não podemos utilizar a pandemia, o sofrimento das pessoas, colocar a vida das pessoas em risco pensando em eleição de 2022. Esse é o ponto”, disse o presidente.
“Vou dar um exemplo: A secretária de Saúde da Capital [Ozenira Félix] deixou claro em um áudio que sabia que as vacinas estariam disponíveis pela manhã para serem coletadas e levadas para fazer a imunização. Mas eles não fizeram sob a alegação de que não tinha veículos para fazer o transporte tentaram colocar a culpa no governo do Estado”, emendou.
Após o impasse, segundo Fabio Garcia, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, Emanuelzinho (PTB) – filho do prefeito – gravou um vídeo dizendo que a situação estava resolvida e seria possível iniciar a vacinação.
“Parece um cenário de ‘vamos criar um caos, uma dificuldade, para depois vender uma facilidade e dar a ideia de que nós resolvemos’ Aqui não cabe salvadores da pátria. Não cabe usar a pandemia para se projetar politicamente”, disse o democrata.
“A gente precisa separar o processo eleitoral da pandemia, porque estamos tratando da vida das pessoas. Atrasar uma, duas horas, constranger as pessoas que foram lá se imunizar e não encontraram a vacina… Isso não cabe neste momento”.
Quanto a possibilidade de Emanuel sair a uma disputa ao Governo do Estado no próximo pleito eleitoral, o presidente do DEM preferiu não fazer qualquer observação.
“Todo cidadão tem direito de se candidatar. Essa decisão cabe a ele [Emanuel] e ao partido dele. Mas o que não podemos é brincar com a vida das pessoas para poder se projetar politicamente”, concluiu.