O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) endossou as declarações do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) em defesa da adoção de um sistema de voto impresso nas eleições de 2022, sob o argumento de que as urnas eletrônicas seriam passíveis de fraude.
Enquanto Bolsonaro admite não disputar a reeleição caso o sistema não seja adotado, Barbudo vai além. Ele sugere que o País não tenha eleição no próximo ano.
Embora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garanta a segurança e inviolabilidade das urnas, o deputado argumenta que há um clamor popular pelo voto “auditável”.
“Temos que ficar atentos […] se não for respeitada a vontade do povo, que não tenha eleição. Sabemos o perigo que corremos. A Constituição diz que o poder é do povo, o povo quer e não é qualquer ministro do Supremo que vai impedir a nossa vontade popular”, argumentou.
“O presidente Bolsonaro está certo [em recuar da disputa]. Se temos dinheiro para comprar as urnas e temos uma vontade popular, por que três ou quatro pessoas [ministros do STF] querem mudar o destino destas eleições?”, questionou.
As declarações foram dadas esta terça-feira (20), durante entrevista à uma rádio da Capital.
Na ocasião, ele questionou quais seriam os motivos que levam os ministros do STF a “não aceitarem” voto auditável.
“O eleitor não colocará a mão na cédula que será impressa. Ele olhará por um visor e a cédula cairá em uma urna. Os ministros do Supremo Tribunal Federal estão levando a sociedade brasileira a realmente desconfiar que há fraude nas urnas eletrônicas”, concluiu o deputado.