Um clima tenso marcou a reunião realizada na tarde de hoje (12) para discutir o retorno das aulas presenciais na escolas e creche da rede municipal em Rondonópolis. Os diretores de escola afirmaram que os problemas permanecem e não há condições para a retomada. Uma nova reunião será realizada na segunda-feira (16) para reavaliar o quadro.
A reunião de hoje contou com as participações dos vereadores que integram a Comissão Legislativa de Educação, do presidente do Conselho Municipal de Educação, Adriano Gomes, da presidente do Sispmur, Geane Lina Teles e todos os diretores das unidades de ensino. O secretário de Educação Rogério Penso ameaçou não participar da conversa, mas acabou sendo convencido pelos vereadores.
Os diretores confirmaram que houve avanços na contratação de profissionais, em especial vigilantes e auxiliares de serviços diversos. Porém as unidades ainda têm muitas vagas abertas e a decisão é só retomar as aulas presenciais quando o quadro estiver completo.
“O quadro de servidores está 70% atendido. Há ainda alguns cargos que precisam ser fechados, mas a verdade é que nunca se começou um ano letivo com 100% do quadro completo, disse o secretário Rogério Penso. “Eles relutam em voltar, mas respeito a decisão da categoria”.
Outro problema apontado pelos diretores é a falta de alimentos para a merenda. O secretário de Educação disse que espera finalizar o novo processo licitatório na próxima emana e considera que seria possível garantir a merenda neste período com os alimentos já disponíveis.
Os diretores contestaram a afirmação do secretário. Segundo eles, com os alimentos em estoque não é possível garantir um cardápio adequado especialmente para as crianças menores – com idades de 0 a 3 anos.
SEGURANÇA
A vereadora Marildes Ferreira (PSB), integrante da Comissão Legislativa de Educação, disse compreender a preocupação dos educadores. Ela considera positivas as medidas já tomadas pela Prefeitura e também defende que a retomada das atividades presenciais ocorra com segurança.
“Como professora que sou, acho que não dá para professor estar em sala de aula, principalmente no ensino infantil, sem ter as condições adequadas”, afirmou.
Apesar do impasse, Marildes disse estar otimista e espera que o caso tenha um desfecho positivo na próxima semana. “A expectativa é que a questão das contratações seja resolvida até segunda-feira e de que o problema da merenda seja solucionado em cinco dias. Na segunda-feira voltaremos a conversar. Se tudo estiver certo podemos retomar já na terça-feira (17). Do contrário discutiremos uma nova data”, explicou.