O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), voltou a tecer duras críticas contra a Rota do Oeste, que detém a concessão da BR-163, em Mato Grosso.
Ele admite, inclusive, a possibilidade de o Legislativo recorrer à Justiça para tentar interromper a cobrança de pedágio na via.
Na semana passada, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou a instauração de processo de caducidade contra a concessionária.
Em Mato Grosso, o principal questionamento, diz respeito ao não cumprimento do contrato de concessão, especialmente no que diz respeito à ausência de duplicação no trecho sentido Posto Gil, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.
“Essa é uma das nossas propostas [acionar a Justiça]. Não é justo que não se execute a obra e continue cobrando pedágio. Se vai se fazer outro chamamento, outro processo, que pare de cobrar o pedágio. É um roubo o que estão fazendo com o cidadão”, disse o presidente.
Ele tenta, inclusive, emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar a concessão da BR-163 à Rota do Oeste.
“É um BR que é dentro do nosso estado, que foi dada uma concessão, que está faturando aí mais de R$ 500 milhões, por ano, cobrando pedágio, que toda semana você vê um acidente, uma insegurança muito grande”, argumentou.
“Essa duplicação já devia estar pronta em 2019 e não vemos avanços. A gente tem que saber quem está ganhando com isso, porque essa obra não sai”, emendou.
Para instaurar a CPI, são necessárias 16 assinaturas, uma vez que já há três outras comissões em andamento na Assembleia. Até o momento, o presidente alega possuir o aval de 15 parlamentares.