A Polícia Federal quer interrogar novamente Adélio Bispo de Oliveira, o homem que em 2018 esfaqueou o então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (hoje no PL). O atentado ocorreu durante um evento de campanha realizado em Juiz de Fora (MG).
Segundo o jornal paulista Folha de São Paulo, “o delegado Martín Bottaro Purper, encarregado atualmente do inquérito, pediu à Justiça Federal em Mato Grosso do Sul acesso ao laudo de avaliação do estado de saúde mental de Adélio, produzido recentemente por dois peritos”.
O juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal Criminal de Campo Grande (MS), negou acesso no dia 4 de outubro, após ouvir o Ministério Público Federal. O magistrado afirmou que “o documento está sob sigilo absoluto e não constitui diligência investigativa sobre fatos pretéritos, que justifiquem sua utilização na averiguação da participação e/ou financiamento por terceiros, no delito praticado pelo internado”.
Purper assumiu o inquérito no início deste ano. O delegado que estava com o caso antes dele concluiu por duas vezes que Adélio agiu sozinho e que não houve mandante no atentado contra Bolsonaro.
Adélio foi submetido a uma nova avaliação psiquiátrica em julho. O delegado Purper quer saber detalhes das condições atuais de saúde de Adélio antes de efetivar um novo interrogatório.