O volume de importação de camisetas de malha mais que dobrou de janeiro a maio deste ano em relação ao mesmo período do ano na Copa de 2010, segundo o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
O volume comprado de fora do país passou de 1.460 toneladas para 3.100 toneladas, na mesma base comparativa. Os números foram divulgados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit).
A entidade afirma que, segundo informação oficial da Associação dos Exportações de Bangladesh, as vendas deste ano de camisetas subiram 14% em função do mundial de futebol.
Ainda de acordo com a Abit, havia uma “boa” expectativa referente à Copa no primeiro trimestre. Isso gerou uma pequena antecipação de encomendas que, somada à vendas do alto verão, resultaram numa produção física positiva nas confecções.
No entanto, em abril e maio, o varejo não respondeu como esperado e houve recuo na produção física. “A queda no índice de confiança do consumidor resultou em menos encomendas, mesmo próximo da Copa”, disse a entidade.
Além disso, afirmou a Abit, boa parte das encomendas já tinham sido feitas aos asiáticos.
A entidade pondera que, tradicionalmente, o volume adicionado na produção têxtil e de confecção no Brasil que uma Copa proporciona gira em torno de 5% a 10% — menos que o Dia das Mães e as compras de fim de ano.