O ‘leite de caixinha’, está mais caro nos supermercados de Rondonópolis (MT). Em alguns estabelecimentos da cidade, o litro do produto pode ser encontrado a R$ 3,38. Um aumento de mais de 100% no preço do item em comparação com o começo do ano de 2015, quando o litro do leite era comprado a R$ 1,59. A explicação para o aumento dos preços vem do campo. Acontece que a menor oferta de leite no estado de Mato Grosso (MT) tem elevado os preços pago aos produtores, registrando alta de 3,79% durante o mês de fevereiro.
“A justificativa para a elevação do preço do leite é a redução da oferta nos últimos meses, devido ao aumento no custo de produção e competição com a bovinocultura de corte, limitando assim, os investimentos dos produtores” explica os economistas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.
O valor do produto depende da marca. Os mais comuns são encontrados com preços que variam de R$ 2,66 a R$ 3,38. O setor também oferece marcas onde o produto é encontrado até no valor de R$ 5,68.
Apesar do melhor desempenho da receita neste mês, o cenário ainda continua pouco estimulante para o produtor, que vem de vários meses de margem muito apertada, com aumento de custo e preço ainda em patamares baixos.
Para os próximos meses, grande parte dos agentes de mercado acredita que devido a conjuntura de oferta restrita possa haver uma nova rodada de aumento de preços.
Um levantamento realizado pela MilkPoint Mercado aponta que no mercado de derivados, os preços de leite UHT apresenta reação desde o início do ano, o que reforça a tendência de alta de preços no campo. Segundo o levantamento, o leite longa vida (posto na cidade de São Paulo) apresentava média de R$1,92/litro no final de dezembro. Já na 1ª semana de fevereiro, o produto teve média de R$2,12/litro, um aumento de 10,4% somente nesse início de ano, que é considerado um aumento atípico para esse período do ano.
Diante deste cenário, o Coordenador de Conteúdo do MilkPoint Mercado, Carlos Venturini, afirma a possibilidade dos preços chegarem até R$1,30/litro ao produtor em 2016, ficando entre 15 e 18% acima de 2015.