Além de determinar o afastamento dos três agentes de trânsito envolvidos numa perseguição a atropelamento de um mototaxista em Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro ofereceu um emprego à vítima, Osmar do Rosário Estevão. O episódio foi registrado nesta terça-feira (3) no bairro Altos da Serra, em Cuiabá, e revoltou moradores da região. Indignados com a situação, eles jogaram pedras e tijolos contra o veículo da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob).
Mas foi nesta quarta-feira (4) que o caso ganhou uma repercussão negativa bem maior após vir à tona um vídeo de uma câmera de segurança de uma residência mostrando o veículo com os agentes de trânsito atropelando e arrastando o motociclista por alguns metros sobre o asfalto. As imagens desmentem a versão dos agentes de trânsito que tinham alegado que o motociclista havia se desequilibrado e caído sozinho.
Assim que o vídeo ganhou a imprensa e as redes sociais, o prefeito determinou ao titular da Semob, Antenor de Figueiredo, que afastasse os agentes envolvidos e instaurasse um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) com apuração e punição rigorosa.
Emanuel Pinheiro foi além e disse que ficou bastante sensibilizado com o desespero do trabalhador e seus familaires. Por isso determinou que ele receba apoio no tratamento empregado em alguma função na própria Semob. Pontuou que a decisão não resolverá todos os problemas, mas é um gesto de sensibilidade, solidariedade e respeito enquanto prefeito de Cuiabá.
“Determinei ao secretario Antenor Figueiredo que entre em contato de hoje para amanhã no máximo com o trabalhador e seus familiares e ofereça todo apoio no tratamento para que ele se recupere da melhor forma possível e também em meu nome ofereça a ele um trabalho, um cargo, na Prefeitura de Cuiabá, mais precisamente na Secretaria de Mobilidade Urbana, para que ele possa, com dignidade, especialmente nesse período que ele vai ter que se recuperar de um tratamento, sustentar a sua família”, ressaltou Pinheiro.
O secretário da Semob, Antenor de Figueiredo classificou a ação dos agentes de trânsito como “truculenta” e ressaltou que eles não têm autonomia para perseguir condutores pelas ruas de Cuiabá como fizeram com o mototaxista.