Dois dos três tiros disparados pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos) contra o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, o Japão, foram disparados pelas costas. É o que aponta o laudo pericial da Politec de Cuiabá. A causa da morte, diz o documento, foi um choque hopovolêmico, ou seja, decorrente da perda excessiva de sangue.
O documento foi finalizado nesta semana. O crime ocorreu no último dia 1, em frente a uma conveniência, na capital do Estado. Dois tiros disparados acertaram a vítima em órgãos vitais, apontou a Politec. Os órgãos lesionados foram o pulmão esquerdo, pulmão direito, diafragma, fígado e coração.
VOTAÇÃO ADIADA
A votação do pedido de afastamento do vereador Marcos Paccola (Republicanos), que matou o agente penitenciário Alexandre Miyagawa, o Japão, no último dia 1 deste mês, foi adiada após requerimento apresentado pelo parlamentar Sargento Vidal (Pros). A votação deveria ter ocorrido ontem (14).
No documento, Vidal pediu que o pedido fosse encaminhado à análise da Comissão de Constituição e Justiça da Casa de Leis, a CCJ. Com isso, mais o recesso parlamentar, a nova previsão de votação é no dia 2 de agosto.
O próprio Paccola votou para que o pedido fosse analisado já nesta quinta-feira e segue afirmando que agiu em legítima defesa.
O CASO
No dia 1 deste mês, o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, conhecido como Japão, foi morto a tiros pelo vereador após uma confusão em uma conveniência. Os tiros foram dados pelas costas, com mostraram imagens de câmeras de monitoramento da rua em frente ao estabelecimento comercial.
A Câmara dos Vereadores recebeu, no dia 4 deste mês, um pedido de cassação por quebra de decoro do vereador. O pedido foi feito pela vereadora Edna Sampaio (PT).
Em defesa, o vereador Marcos Paccola disse que confia nas investigações da polícia. “Eu fiz aquilo para o qual fui treinado a fazer”, disse o vereador na Câmara. “É triste demais a minha posição. Imagine tirar a vida de um colega de profissão em uma situação que eu realmente não gostaria de estar passando, mas fiz na certeza de ter feito o procedimento da forma correta. Na distância que eu estava, eu não poderia deixar aquilo ali. E a partir do momento em que eu decidi intervir, fiz o procedimento que treinei”, completou.