A Cooperativa de Trabalho Vale do Teles Pires (Coopervale) começou a dispensar os trabalhadores que prestavam serviços para a Prefeitura de Rondonópolis. O contrato da empresa com o município expira nesta quarta-feira (30) e já houve a comunicação de que não haverá aditivos.
Conforme o vereador Júnior Mendonça (PT) pelo menos 300 pessoas que atuam na área da Saúde já foram comunicadas da demissão. “Estamos acompanhando de perto e com muita preocupação quanto ao futuro desses trabalhadores e também com a continuidade dos serviços que eles prestavam ao município”, disse.
O vereador informou que uma nova empresa será contratada, via adesão de ata, com o compromisso de readmitir os trabalhadores. A Prefeitura confirmou a nova contratação, mas não informou se haverá mesmo a recontratação dos demitidos pela Coopervale.
“A informação que temos é de que a nova empresa fará as contratações mediante assinatura da carteira de trabalho, o que é uma boa notícia. Mas vamos insistir na recondução de todos os trabalhadores e trabalhadoras que foram desligados. Essa será a nossa prioridade” informou Júnior Mendonça.
PREFEITURA
Procurada pela reportagem do portal Agora MT a assessoria de Comunicação da Prefeitura confirmou o encerramento dos vínculos com a Coopervale e também as tratativas para a contratação de uma nova empresa prestadora de serviços.
Segundo a assessoria o processo de adesão a ata, que é mais célere, já está sendo analisado pela Procuradoria Jurídica visando agilizar a substituição da prestadora de serviços.
“Todas as medidas que cabem ao município de Rondonópolis estão sendo tomadas de forma legal para que os serviços da Secretária de Saúde não parem”.
A Prefeitura não informou prazo para a conclusão do processo de contratação da nova empresa.
SOB SUSPEITA
A Coopervale é investigada por suspeitas de várias irregularidades cometidas em Rondonópolis e outras cidades.
No mês passado uma equipe do Gaeco chegou a realizar uma operação para o cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede da cooperativa, na Prefeitura e também em imóveis de dirigentes da Coopervale.
As investigações sobre estas irregularidades são feitas pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso e também pelo Ministério Público – que mantém as informações já apuradas sob sigilo.
A reportagem não conseguiu contato com os representantes da Cooperativa.