A primeira missão do programa americano de retorno à Lua, Artemis 1, terá que ser adiada para a primavera no hemisfério norte, anunciou a Nasa nesta quarta-feira (2), atribuindo o atraso ao grande número de controles necessários.
Inicialmente a missão estava prevista para o fim de 2021, depois para fevereiro de 2022, em seguida para março. Por fim, a Nasa divulgou nesta quarta-feira que está “estudando oportunidades de lançamento em abril e maio”.
A Artemis 1 não terá um astronauta a bordo, mas traçará o curso do programa Artemis, que deve permitir aos Estados Unidos levar novamente humanos à Lua, incluindo a primeira mulher e a primeira pessoa negra.
Será a primeira oportunidade de voo para o novo foguete gigante da Nasa, o SLS. Ele impulsionará a cápsula Orion para a Lua, onde será lançada na órbita antes de retornar à Terra.
O grande ensaio geral do lançamento, originalmente programado para fevereiro, teve que ser adiado para março, informou a agência espacial americana. Como consequência, o lançamento real foi adiado automaticamente.Para esse teste, o foguete deve ser colocado na plataforma de lançamento, seus tanques cheios de combustível e toda a sequência de lançamento realizada. O transcurso desse ensaio geral determinará, então, a data exata da decolagem real.
O novo atraso não se deve a um problema “específico”, disse Tom Whitmeyer, chefe de desenvolvimento de sistemas de exploração da Nasa, em entrevista coletiva. “Pode ser algo tão simples como um arranhão que precise ser polido ou pintura que precise ser retocada. Há muito que fazer, é um veículo enorme”, acrescentou.
O foguete SLS, totalmente montado no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, tem quase 100 m de altura. Alguns meses atrás, um relatório independente do escritório do inspetor-geral da agência espacial avaliou que a Artemis 1 provavelmente seria lançada “no verão de 2022”.