O volume de vendas do comércio varejista saltou 1,1% em fevereiro, segunda alta seguida após a alta de 0,8% verificada em janeiro, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a variação apresentada pela PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), o setor figura 1,2% acima do patamar pré-pandemia, e 4,9% abaixo do pico da série, alcançado em outubro de 2020. No acumulado do primeiro bimestre, o varejo acumula variação negativa de -0,1%. Já nos últimos 12 meses, o segmento cresceu 1,7%.
O dado surge com taxa positivas seis das oito atividades pesquisadas pelo indicador. Ainda que o setor de livros, jornais, revistas e papelaria tenha crescido 42,8%, os maiores impactos vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%).
Para Cristiano Santos, gerente responsável pela pesquisa, a atividade de livros, jornais, revistas e papelaria vem perdendo importância no varejo por conta dos grandes marketplaces, que vendem livros online, mas não estão inseridos nessa categoria. Diante da situação, ele avalia o avanço atual como insuficiente para o ramo recuperar os níveis anteriores.
“O que segurava a atividade era o mercado de livros didáticos, que foi bastante afetado pela pandemia com o ensino online e a migração do material impresso para o meio digital. Ocorre que no início deste ano houve uma retomada relacionada, principalmente, com os grandes contratos de livros didáticos”, explica Santos.